Eleito governador do Ceará no primeiro turno das eleições, neste domingo, 2, Elmano de Freitas (PT) disse querer contar com o apoio do PDT na Assembleia Legislativa. O partido do ex-prefeito Roberto Cláudio e ex-aliado, formou a maior bancada para o Legislativo estadual nas eleições, com 13 nomes. Já o PT terá a segunda maior bancada, com oito deputados, seguido de União Brasil e PL, com quatro parlamentares, cada. A declaração do petista foi dada nesta segunda-feira, 3, em entrevista ao CETV 1ª edição, da Globo.
“Não tenho nenhuma dúvida sobre os candidatos do PDT, pelo projeto que nós apresentamos no Ceará. É uma questão de coerência até“, iniciou Elmano ao ser questionado sobre a relação com o parlamento. Entre as funções dos deputados está o papel parlamentar de fiscalizar o trabalho do governador, do vice-governador e dos secretários estaduais. Além disso, o parlamento aprova leis que tenham atuação sobre instituições estaduais, assim como propõe, cria e altera tributos estaduais.
“Nós construímos um projeto quando o nosso governador Camilo [Santana] estava à frente do Estado e temos muita compreensão em comum. O avanço da educação em tempo integral, o avanço da interiorização da saúde, das ações para gerar emprego no Ceará… Tenho absoluta convicção de que isso se consolidará com a maioria na Assembleia porque sei do compromisso que esses parlamentares tem com esse projeto, com o desenvolvimento do Ceará“, disse.
Aliança
PT e PDT romperam uma aliança que já durava 16 anos ainda na pré-campanha eleitoral. O PDT optou pelo nome de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, que ficou em terceiro na corrida ao Executivo estadual, com 734 mil votos válidos (14,14%). Já o PT tinha preferência pela reeleição de Izolda Cela (sem partido), atual governadora. A eleição que elegeu Elmano, governador do Ceará, com 54,02% dos votos, foi repleta de trocas de acusação e clima tenso entre os ex-aliados.
O PT escolheu como vice Jade Romero (MDB) e o PDT, Domingos Filho (PSD). Os dois partidos também tiveram candidaturas próprias ao Senado.