Durante o 14º Congresso Brasileiro do Algodão, que começou nesta terça-feira (3) e segue até quinta (5), no Centro de Eventos do Ceará, o governador Elmano de Freitas (PT) defendeu o potencial do Ceará para voltar a ser um grande produtor de algodão no País. “O Ceará pode, de maneira dialogada, com parceiros, produtores e investidores, voltar a ser um grande produtor nesse País”, apontou. Aos produtores e investidores presentes, o chefe do Executivo destacou os potenciais que podem reposicionar o Estado no setor. Ele apontou as condições favoráveis para o estado produzir e exportar em larga escala.
“Temos vantagens competitivas como a tecnologia, para que algumas regiões se tornem produtoras no patamar que temos no País, além do sol e solo. Teremos uma ferrovia (Transnordestina) que será concluída daqui a dois anos. Temos um dos portos mais modernos do País (Porto do Pecém) para exportação, com localização estratégica mais próxima aos Estados Unidos e Europa”, afirmou.
Na ocasião, estiveram presentes o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Alexandre Schenkel; a presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Silvia Massruhá; o secretário do Desenvolvimento Econômico do Ceará, Salmito Filho; o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana; entre outros especialistas.
O Ceará, assim como outros estados brasileiros, sofreu com a destruição das plantações de algodão em razão de pragas na década de 1980. A partir dos anos 2000, o Brasil voltou a produzir em diversas regiões, consolidando-se atualmente no ranking de produtores de algodão e, em 2024, tornou-se líder mundial na exportação, ultrapassando até mesmo os Estados Unidos.
O Governo do Estado tem buscado retomar a cotonicultura dialogando projetos com a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec) e com outras instituições de pesquisa e do setor privado. O Estado, com o intuito de atrair novos investidores, está preparando estudos sobre a migração do atual modelo de incentivos ficais para o novo modelo, que é o do Fundo de Desenvolvimento Regional, aprovado na Reforma Tributária.
Com o tema do congresso de “Algodão brasileiro – Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, o evento promovido pela Abrapa superou, em números absolutos, todas as edições anteriores: 3081 inscritos, 114 palestrantes, 6 plenárias, 19 hubs temáticos, 19 países e 25 estados da Federação presentes, 288 trabalhos científicos e 62 patrocinadores. A expectativa de público é de 3.500 participantes.
Para mais detalhes sobre a programação do evento, acesse o site do Congresso Brasileiro do Algodão.