Voltar ao topo

15 de janeiro de 2025

Elmano cobra que esquerda “atualize discurso” e proponha “ações duras contra o crime”

Em entrevista veiculada no jornal O Globo, o governador afirmou que os projetos com oportunidades para a população são importantes, mas que se uma pessoa for para o mundo do crime, ela vai ser tratada como “inimiga do povo e da democracia”
Governador Elmano de Freitas, durante reunião do seu secretariado no último sábado (8). Foto: Natinho Rodrigues

Compartilhar:

O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), cobrou que a esquerda “atualize o seu discurso” em relação às políticas de segurança. Em entrevista ao O Globo veiculada neste domingo (9), o chefe do Executivo estadual destaca que a desigualdade e a pobreza são causas importantes da violência, mas que não são as únicas. De acordo com ele, se a pessoa for para o mundo do crime, ela deve ser tratada como “inimiga do povo e da Democracia”.

“A diferença que temos com a extrema-direita é que eles defendem uma política de segurança sem lei, em que pode tudo: torturar, matar, descer a um nível que o Estado civilizado não pode permitir. Mas a esquerda tem que atualizar o discurso e propor uma ação muito dura contra o crime. É defender claramente que as organizações criminosas são inimigas do povo no seu dia a dia, e que querem abalar nossas instituições. Precisamos de um projeto com oportunidades para a população, mas, se a pessoa resolver ir para o mundo do crime, vamos tratá-la como inimiga do povo e da democracia”.

Leia mais | Elmano assina decreto que cria comitê para integrar ações estratégicas de segurança

No final de maio, o governador anunciou a mudança no comando da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), com a saída de Samuel Elânio para a chegada de Roberto Sá, ex-titular de Segurança no Rio de Janeiro. Na ocasião, ele deixou o cargo em 2018, sob intervenção federal no estado fluminense. De acordo com Elmano, no entanto, a situação não corre o risco de se repetir no Ceará, já que os dois cenários se apresentam como “realidades diferentes”.

“No Rio, quando ele foi secretário, havia calamidade financeira, salários não pagos, falta de viatura. O Ceará tem uma realidade diferente hoje, com investimento em tecnologia e contratação de profissionais de segurança”, afirmou. O chefe do Executivo falou ainda que é necessária uma presença mais forte de policiamento na rua, para enfrentar a “sensação de insegurança”.

[ Mais notícias ]