O casal Flávio e Keiliane, ele educador físico e ela nutricionista chegaram para votar no colégio Ari de Sá, por volta das 10 horas. Trajados de vermelho, os dois avaliaram o segundo como mais organizado. “Até agora, tudo tranquilo, nada nas ruas de confusão”, disse Flávio.
A vigilante Maria das Graças apreciou a organização do pleito atual. Segundo ela, tanto a segurança quanto a limpeza da cidade estão ‘maravilhosas’ no segundo turno. Vestida de verde e amarelo e com o nome de ‘Lula’ escrito a batom no rosto, ela se diz tranquila para aproveitar a apuração dos votos e uma possível festa de comemoração com tranquilidade.
A representante comercial Alexandra votou na Unifor, pela manhã. De poucas palavras, ela fez questão de colocar um vestido verde e adesivo referente ao atual presidente Jair Bolsonaro no peito. A eleitora disse ter pego fila de duas horas na última votação, o que não se repetiu dessa vez. Em termos de segurança, ela se diz tranquila, mas vai aguardar a apuração e o resultado em casa. “Vou ficar em casa como sempre fiz. Não sou de sair não”.
O advogado Lívio foi com a mãe, Maria Rodrigues, de 81 anos, para a zona eleitoral da Unifor. “A fila aqui não parava mais [no 1º turno]. Agora, foi tranquilo, não tinha ninguém”, elogiou ele. A senhora considerou a cidade visivelmente mais limpa e garantiu que vai a festa de comemoração: “Eu não vou perder.”
Wersângela Cunha integra a coordenação do local de votação, pelo Tribunal Regional do Ceará (TRE-CE). Ela explica que, além do maior número de cargos no primeiro turno, também foi necessária uma adaptação às novas urnas utilizadas neste ano. Por isso, as filas do dia 2. “Aqui é uma é uma sessão que tem muito idoso, uma escola que tem muito idoso, então realmente acontece essa questão de ficar um pouco mais devagar. E aqui são 38 sessões, é o maior colégio eleitoral. Então, o fluxo é muito grande. São 12 mil eleitores. Realmente, teve um pouco desse atraso, mas por volta de 15h já ficou mais contornado a situação [no dia 2].” Segundo a auxiliar, não houve nenhuma ocorrência de crime eleitoral no colégio durante o primeiro turno é que o resultado seja repetido na segunda etapa.
VOTAÇÃO NA UECE
O mesmo vale para a Universidade Estadual do Ceará (Uece), que está entre os três maiores colégios eleitorais da capital. De acordo com Renato Mesquita, também auxiliar do TSE, o clima foi de tranquilidade nos dois turnos. “Cada eleitor que a gente viu circulando aqui, até agora, estava com o seu próprio material, mas sem distribuição. Fazendo realmente essa essa campanha silenciosa, como tem que ser.” O fluxo melhorou tanto que as vendas dos comerciantes cadastrados para trabalhar na UECE acabaram caindo, contou Adilce Colares “No primeiro foi melhor [de vendas]; No segundo, razoável.” O desembargador Inácio de Alencar Cortez Neto, presidente do TRE-CE visitou o Ari de Sá na manhã de ontem e concordou que esta segunda etapa das eleições está correndo de forma mais tranquila que no primeiro turno, do último dia 2.
“Esse segundo turno está muito mais tranquilo do que o primeiro turno porque só é um voto, para presidência, e está tudo na mais perfeita ordem”, avaliou.
Segundo o desembargador, as forças de segurança também estarão a postos para garantir o direito de comemoração após o resultado das urnas. “O direito de comemorar é livre, garantido na nossa Constituição”, lembra. Para garantir esse direito, os agentes de segurança, principalmente a Polícia Militar estarão atuando.
“Nossa polícia é para nos dar garantia, e se ela vai pra lá é pra garantir, não é pra reprimir nem para nada, é para assegurar o direito do eleitor, do cidadão brasileiro, de manifestar sua vontade, comemorar a sua vitória. A quem desejar”, concluiu.
