O Ceará é atualmente o quinto estado do Brasil com maior número de títulos de eleitor com nomes sociais. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, são 2.145 pessoas registros desse tipo, o que representa 5,70% do total de títutos com nomes sociais no País. Em primeiro lugar está São Paulo, maior colégio eleitoral brasileiro. Votam no estado 10.035 transgêneros, travestis e transexuais que solicitaram o serviço à Justiça Eleitoral. O número representa 26,66% da quantidade de pessoas com nome social no documento.
Depois de São Paulo aparecem os estados do Rio de Janeiro (4.868 – 12.93% do total); Minas Gerais (2.948 – 7,83%) e Bahia (2.694 – 7,16%).
Aumento
Nome social é o modo como a pessoa se autoidentifica e é reconhecida na sua comunidade. A partir de 2018, o TSE autorizou que eleitores e eleitoras pudessem incluir o nome social no título de eleitor. Com isso, nas eleições deste ano, 37.647 pessoas serão inseridas na lista de votação na seção eleitoral pelo nome social. São 29.701 pessoas a mais do que nas eleições gerais de 2018, quando 7.945 eleitoras e eleitores solicitaram à Justiça Eleitoral a inclusão do nome social no cadastro eleitoral.
O número deste ano representa um aumento de 373,83% em relação a quatro anos atrás. Além de acrescentar o nome social no título de eleitor, candidatos e candidatas transexuais e travestis também poderão ser identificadas nas urnas pelo nome que se reconhecem. Segundo informações do TSE, transexuais e travestis são a maioria entre os que adicionaram o cadastro com o nome social. Desses grupos, 20.127 pessoas se identificam com o gênero feminino e 17.510 com o gênero masculino.
Pelo menos 5.440 desse eleitorado é composto por pessoas jovens, que tem entre 21 e 24 anos. Na sequência, outras 4.985 estão na faixa dos 25 aos 29 anos. Três pessoas de 85 a 89 anos pediram a inclusão do nome social à Justiça Eleitoral.