O ex-policial militar Élcio Queiroz afirmou, em delação premiada para a Polícia Federal, que o policial reformado Ronnie Lessa foi o autor dos disparos que mataram a vereadora carioca Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes. Queiroz também acusou o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa como o responsável por fazer “campana” e seguir os passos de Marielle, além de levar o carro usado no crime para um desmanche.
Élcio está preso desde 2019, ao lado de Ronnie Lessa. Eles serão julgados pelo Tribunal do Júri, mas a sessão ainda não foi marcada. As informações são do g1. No depoimento já homologado pela Justiça, Élcio confessou que dirigiu o Cobalt prata usado no ataque e afirmou que Ronnie fez os disparos com uma submetralhadora contra Marielle.
“O senhor Élcio fez uma delação premiada, essa delação foi homologada e resultou na operação de hoje. Ele revelou a participação de um terceiro individuo [o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa] e confirmou a participação dele próprio, do Ronnie Lessa e outras pessoas como copartícipes”, disse o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), em coletiva de imprensa.
Dino concedeu entrevista coletiva ao lado de Andrei Rodrigues, diretor-geral da PF, e de Renato Vaz, diretor do Sistema Penitenciário Federal. Em 14 de março de 2018, o carro de Marielle e Anderson foi alvejado com 13 tiros de uma submetralhadora HK MP5. Os dois morreram no local. Suel foi preso nesta segunda-feira na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios de março de 2018.