Um idoso de 62 anos e uma jovem de 22 anos acabaram morrendo em um acidente marítimo ocorrido na noite de sábado, 18, no Lago de Furnas, em Capitólio, em Minas Gerais. A região onde o acidente aconteceu é conhecida como Cachoeirinha. De acordo com a Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg), uma lancha com 14 passageiros a bordo apresentou problemas mecânicos e solicitou apoio de outra embarcação nas proximidades para resgatar os passageiros.

No entanto, uma chalana (grande embarcação com fundo plano) com 10 passageiros foi ao encontro da lancha à deriva. No momento do transbordo dos passageiros, a chalana não suportou o peso e virou. O idoso e a jovem não conseguiram sair debaixo da embarcação e se afogaram. As informações são do g1. A PCMG informou ao jornal que os corpos foram encaminhados ao Posto Médico-Legal em Passos, no Sul de Minas, e serão analisados neste domingo, 19.

Marinheiros ainda tentaram reanimar as duas vítimas até a chegada do socorro, mas sem sucesso. Os demais passageiros sofreram escoriações leves. Também prestaram atendimento à ocorrência equipes da Marinha do Brasil e da Perícia Técnica da Polícia Civil. Paralelamente à investigação da Marinha, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia Civil em Piumhi, irá instaurar inquérito para apurar os fatos.

Pelas redes sociais, o prefeito de Capitólio, Cristiano Silva, lamentou o acidente e prestou solidariedade as vítimas. “Nosso respeito as famílias enlutadas neste acidente. Temos trabalhado constantemente para aumentar a segurança na região. Todas as embarcações são obrigadas a fornecer coletes salva-vidas em número suficiente para todos os passageiros e tripulação“, pontuou o prefeito. Segundo ele, no momento do acidente, vários passageiros usavam o colete de proteção.

Acidente

Em janeiro deste ano, um deslizamento de pedras no Lago de Furnas atingiu quatro embarcações, com mais de 30 pessoas, deixando 10 mortes. Na ocasião, a Polícia Civil de Minas Gerais informou que abriu um inquérito para apurar a motivação do acidente. A tragédia gerou o debate sobre a segurança nesse tipo de turismo. Em fevereiro, um grupo de geólogos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) começaram a fazer um mapeamento de risco na região dos cânions.

Esta é a primeira vez que a região do Lago de Furnas passa por um estudo como este. No mesmo mês, o município, em parceria com o Governo de Minas e entidades, lançou o programa “Reviva Capitólio – Viva o Mar de Minas” visando resgatar com segurança as atividades turísticas da região.