O candidato a vice-governador na chapa de Roberto Cláudio (PDT), o presidente estadual do PSD, Domingos Filho, minimizou o apoio dos padrinhos políticos de Elmano de Freitas, que concorre ao Governo pelo PT. Elmano tem apoio de Camilo Santana (PT), candidato ao Senado Federal, e do ex-presidente e candidato ao Palácio da Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A estratégia petista, desde o início, foi relacionar a figura de Elmano a de Lula para conquistar votos do eleitorado.
Sobre um eventual segundo turno, Domingos disse acreditar na participação do senador Cid Gomes (PDT), que está afastado do processo eleitoral. “Ele está adequadamente se reservando para uma contribuição em segundo turno. Ele seria um bom bombeiro para algumas fraturas que possam ficar”, frisou.
Para Domingos, em eleições majoritárias, o papel dos padrinhos políticos, embora importante, não é definitivo. “A conquista do voto não está pelo mando, não é aquela de você pegar uma liderança, botar uma varinha de condão na cabeça e dizer: ‘olha eu quero que você vote nesse, tá bem? Sou eu que estou indicando, ok?’ Isso não funciona“, destacou, em entrevista ao Jornal Jangadeiro, nesta terça-feira, 23. O ex-vice-governador do Ceará acredita que o eleitor dará preferência ao “candidato” em detrimento da “liderança”.
Domingos voltou a reafirmar que tem um papel importante a cumprir, liderando o debate nos municípios do interior do Estado, onde exerce influência principalmente no Sertão Central.
Sobre Elmano
Ao comentar sobre recentes declarações de Elmano em relação às pesquisas de intenção de voto, no qual o candidato ganha fôlego, Domingos falou em “soberba”. “Ato de soberba política não combina com vitória”, disse Domingos. Apesar das críticas, não descartou a possibilidade de recomposição com o PT, antigo aliado, em um eventual segundo turno nas eleições ao Governo. Neste processo, Domingos ressaltou a expectativa de participação do senador Cid Gomes.