O arcebispo de Fortaleza, Dom Gregório Paixão, recebeu neste sábado (6) o Pálio Arquiepiscopal, insígnia que simboliza a missão pastoral do bispo. A imposição do Pálio foi realizada pelo Núncio Apostólico do Brasil, Dom Giambattista Diquattro, representante do Papa Francisco no País. A cerimônia ocorreu às 10h, na Catedral Metropolitana de Fortaleza. O evento contou com a presença de clérigos da Arquidiocese e do Regional Nordeste 1, além de demais representantes católicos. O governador Elmano de Freitas (PT) também marcou presença.
“Em nome do papa Francisco e da Santa Igreja Romana, te entregamos o pálio que esteve guardado junto ao túmulo de São Pedro. Ele a ti é entregue para o ornamento da Arquiepiscopal de Fortaleza a ti confiada, ensinando o poder de metropolita para que use nos limites da sua província eclesiástica”, disse o Núncio.
Ainda conforme Dom Giambattista Diquattro, o pálio foi entregue para que sirva de unidade a Fortaleza. “Para que no dia da vinda e da liberação do grande Deus e príncipe dos pastores, Jesus Cristo, possa receber com a alegria que nos é confiada à estola da imortalidade e da glória eterna. Em nome do pai, do filho, do espírito santo, amém”.
O PÁLIO
“Pálio”, palavra derivada do latim “pallium”, significa “manto de lã”. Uma faixa de lã branca, ela é colocada sobre os ombros do arcebispo. Conforme a Igreja Católica, o pano representa as ovelhas que o pastor carrega nos ombros, “assim como Cristo fez com a ovelha perdida”. O pálio, dessa forma, é destinado aos arcebispos metropolitanos, simbolizando a jurisdição em comunhão com a Santa Sé. Atualmente, a forma da insígnia é de uma faixa estreita de tecido com cerca de cinco centímetros de largura. No meio, ele é curvado e possui uma abertura, para repousar sobre os ombros, em volta da cabeça do arcebispo. Ele é posto acima da casula, e possui duas abas pretas penduradas dos dois lados. Visto tanto de frente quanto de atrás, a vestimenta lembra a letra “Y”.
Decorado com seis cruzes negras de seda, representando as feridas de Cristo – uma em cada cauda e quatro na curvatura -, o pano é cortado na frente e atrás, com três alfinetes de gema aciculada em forma de alfinete. Essas duas últimas características são uma lembrança dos tempos em que o pálio era um simples lenço duplo dobrado e pregado com um alfinete no ombro esquerdo.
NÚNCIO APOSTÓLICO
Dom Giambattista Diquattro, de 70 anos, é um arcebispo de origem italiana da cidade de Bolonha. Ele possui uma extensa formação e trajetória na Igreja Católica. Além de ser diplomata, teólogo e canonista, foi ordenado sacerdote em 24 de agosto de 1981. Dom Diquattro foi ordenado bispo em 4 de junho de 2005 é mestre em Direito Civil pela Universidade de Catânia e doutor em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade Lateranense de Roma. Ele também possui um mestrado em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
O Núncio Apostólico é o representante do Papa, funcionando como uma espécie de “embaixador da Santa Sé”. Sua missão é efetivar vínculos e tornar eficaz o diálogo e a proximidade das dioceses e bispos com o Romano Pontífice. A pessoa do Núncio deve promover e estimular o diálogo e as relações entre a Santa Sé e as autoridades do país ao qual ele é enviado. Em relação ao diálogo com o Estado, o Núncio exerce a função de diplomata, papel parecido ao dos embaixadores nos países.
