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7 de fevereiro de 2025

Desemprego no Brasil se mantém estável em um mês, aponta IBGE

19 DE SETEMBRO DE 2018 - INSTITUTO IRACEMA LANCA PROJETO PARA PESSOAS QUE VIVEM EM SITUAÇÃO DE RUA NA PRAIA DE IRACEMA. NA FOTO MORADORES DE RUA DA PRAIA DE IRACEMA.

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Dados são da Pnad Contínua divulgada na última sexta pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. No Ceará, assim como em outros estados, os números serão divulgados este mês

Priscila Baima
priscila.baima@opiniaoce.com.br

Desemprego tem como consequência o aumento de pessoas em situação de rua, por exemplo (Foto: Natinho Rodrigues)

Apesar do Brasil ter cerca de 12 milhões de pessoas desempregadas, a taxa de desemprego foi estimada em 11,1% no trimestre encerrado em março, ficando estável frente ao trimestre anterior. Já a população ocupada, estimada em 95,3 milhões, caiu 0,5% na mesma comparação, o que significa 472 mil pessoas a menos no mercado de trabalho.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada na última sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). No Ceará, assim como em outros estados, os números serão divulgados este mês, de acordo com o instituto. Conforme o levantamento, a estabilidade da taxa de desocupação é explicada pelo fato de não haver crescimento na busca por trabalho no trimestre.

O cenário é diferente daquele apresentado nos outros trimestres encerrados em março, quando, pelo efeito da sazonalidade, havia aumento da procura por trabalho. A queda dos trabalhadores por conta própria na comparação com o último trimestre foi de 2,5%, o que representa a saída de 660 mil pessoas dessa categoria.

Desse contingente, 475 mil eram trabalhadores sem CNPJ. Segundo o IBGE, os empregados sem carteira no setor privado ficaram estáveis, depois de três trimestres em expansão. Já o número de trabalhadores por conta própria teve retração após cinco trimestres de aumento. No trimestre encerrado em março, essa queda no trabalho por conta própria respondeu pela redução no total da população ocupada.

INFORMALIDADE
Impactada por essa retração, a taxa de informalidade chegou a 40,1%, após redução de 0,6 ponto percentual. O número de informais caiu 1,9%, totalizando 38,2 milhões. A participação dos trabalhadores por conta própria sem CNPJ nesse recuo foi de 64%. Por outro lado, o número de empregadores cresceu 5,7%. São 222 mil pessoas a mais.

O trabalho formal respondeu por boa parte desse número: 186 mil desses empregadores tinham CNPJ. Outra categoria que cresceu foi a dos empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, estimados em 34,9 milhões de pessoas. Em comparação ao trimestre encerrado em dezembro, é um aumento de 1,1%, o que representa 380 mil pessoas.

Em relação aos setores analisados pela pesquisa, apenas o da construção teve redução no seu contingente de trabalhadores na comparação com o trimestre anterior. O número de empregados desse segmento caiu 3,4%, ou 252 mil pessoas. Os outros setores ficaram estáveis nessa comparação.

Com a retração no contingente de ocupados, o crescimento da população fora da força de trabalho foi de 1,4%, o que equivale a uma adição de 929 mil pessoas. Já a força de trabalho potencial caiu 6,8% ou 610 mil pessoas segundo o levantamento.

Esse grupo reúne aqueles que não estavam ocupados nem procuravam uma vaga no mercado, mas tinham potencial para se transformarem em força de trabalho. No mesmo período, 195 mil pessoas saíram do contingente de desalentados. Rendimento cresce 1,5% frente ao trimestre encerrado em dezembro.

O rendimento médio real foi estimado em R$2.548, um crescimento de 1,5% em relação ao trimestre encerrado em dezembro. Para o IBGE, de modo geral, quando a participação dos trabalhadores formais aumenta, o rendimento médio da população ocupada tende a crescer. Na comparação com o trimestre encerrado em março do ano passado, houve queda de 8,7%.

Já a massa de rendimento ficou estável frente ao trimestre anterior. Ela foi estimada em R$237,7 bilhões, ficando estável também na comparação com o mesmo período do ano anterior.

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