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21 de abril de 2025

Desejos mortais

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No dia 7 de junho de 2020, conforme publicação na Folha de São Paulo, o colunista Hélio Schwartsman disse, naquela época, torcer para que o presidente Jair Bolsonaro morresse”. O que o colunista disse? Textualmente: “Torço para que o quadro se agrave e ele morra. Nada pessoal. […] Embora ensinamentos religiosos e éticas deontológicas preconizem que não devemos desejar mal ao próximo, aqueles que abraçam éticas consequencialistas não estão tão amarrados pela moral tradicional”, escreveu o jornalista. Não se trata de uma moda nova, desejar o mal a um desafeto ou inimigo, especialmente inimigos mortais é algo comum, mas verbalizar e alardear nos contextos atuais, quando um ministro “muy macho”, agora pero no mucho, como o Alexandreco Lula da Silva de Moraes, com a bola quase toda, ainda posa de vampiro togado, é arriscado.
Agora mesmo, durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, o deputado Gilvan da Federal disse: “Quero mais é que ele (referindo-se a Lula) morra mesmo e que [os seguranças dele] andem desarmados. Esses desejos radicais já não deveriam merecer destaque na mídia. Quem não já expressou esses desejos contidos, ao Ministro Gilmar, Lewandowisk, Boulos, Maria do Rosário, a todo o time do Ceará, quando perde, ao Fortaleza. Isso é comum e basta lembrar de alguns que chegaram a desejar a morte do Bolsonaro, da dona Michelle, da Laura, filha deles, de todos os filhos e, vai ver, até de vizinhos. Metade dos brasileiros deseja que a outra metade morra.
Tudo palhaçada, como greve de fome – essa do Glauber, por exemplo, nem se deu ao trabalho de esconder as marmitas sobre as mesas do picadeiro da câmara. A pimenta – como bem sabemos, nas partes íntimas dos outros é refresco. Por mais lindinha que seja a narizinho, a Gleisi que o marido da Janja ofereceu para apaziguar os marmanjos da outra banda do bando todo, já foi alvo da fúria, dos impropérios, acusações e desejos os piores possíveis. Esses desejos mortais raramente chegam aos finalmentes, não passando de tentativas tupiniquins, como a facada do Adelio. A Marielle foi um desejo do Brazão que se consumou; aliás, a justiça (?) já está arrumando a canjica dele. Os desejos mortais dos ódios das periferias abastadas e imbecilizadas apenas servem de material jornalístico para a imprensa dependente…

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