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4 de outubro de 2024

Deputados têm debate acalorado após requerimento rejeitado sobre uso de aeronaves

Troca de acusações entre parlamentares gera tensão no Plenário durante sessão desta quinta-feira, 3, realçando os embates entre parlamentares de diferentes correntes ideológicas
Foto: Reprodução/Alece

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Uma proposta de requerimento apresentada pela oposição na Assembleia Legislativa do Ceará(Alece), solicitando dados sobre o uso de aeronaves pelo Governo do Estado, resultou em um acalorado debate no final da sessão desta quinta-feira, 3. O deputado Carmelo Neto (PL) levantou especulações durante sua fala, sugerindo que os voos do Governo poderiam estar sendo utilizados para o transporte de drogas, fazendo referência ao episódio da apreensão de 39kg de cocaína na comitiva de Bolsonaro pela polícia espanhola, ainda em 2021.

No Plenário, Carmelo questionou seus colegas parlamentares: “Será que não pode estar acontecendo isso no estado do Ceará? Isso precisa ser esclarecido. Infelizmente, esta Casa não está atuando de uma maneira a dar transparência a isso, a esclarecer isso”, disse.

Em resposta contundente, o líder do PT na Casa, deputado estadual De Assis Diniz, refutou as acusações feitas pela oposição, especialmente por parlamentares associados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a quem chamou de “genocida” por sua condução na pandemia de covid-19. De Assis afirmou que os dados solicitados são públicos e estão disponíveis no portal da transparência. “Esse tipo de desrespeito nós jamais iremos aceitar. Respeitem Camilo. Respeitem Elmano”, retrucou. O parlamentar compartilhou sua fala em suas redes sociais.


A troca de acusações entre os parlamentares intensificou-se e resultou em um direito de resposta concedido a Carmelo após De Assis ter o chamado de “moleque” e “parlamentar sem pauta”, além de acusá-lo de ser subserviente a Jair Bolsonaro. Em sua defesa, Carmelo enfatizou sua honra e declarou: “Eu tenho honra, e em nenhum momento permitirei que minha honra seja abalada por quem quer que seja”. Assim como De Assis, o parlamentar compartilhou o direito de resposta em suas redes sociais, orientando seus seguidores que “tirem suas conclusões” com o vídeo partilhado na rede.

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