A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) apresentou, nesta semana, uma proposta para reajustar os salários do governador Elmano de Freitas (PT) e da vice-governadora Jade Romero (MDB) em 5,62%. Com o aumento nas remunerações, Elmano passaria a receber R$ 21,7 mil mensais, e Jade R$ 16,3 mil. Mesmo com o aumento no salário, o governador cearense ainda seria o que recebe menos entre os 27 do Brasil. Em 2023, os dois já haviam recebido um aumento, de R$ 20 mil para R$ 20,6 mil para o Elmano, e R$ 15 mil para R$ 15,4 mil para a Jade.
Caso aprovada a matéria, os novos valores passariam a valer para os dois integrantes do Executivo a partir de 1º de julho. No Legislativo, o projeto iniciou a sua tramitação nas Comissões de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) e de Orçamento, Finanças e Tributação (COFT).
Como explica o projeto, a Constituição Federal de 1988 e a Constituição do Estado do Ceará determinam que a fixação dos subsídios dos dois principais integrantes do Executivo estadual é estabelecida por Lei de iniciativa da Assembleia Legislativa. O percentual de 5,62% é o mesmo atribuído para o reajuste dos servidores públicos estaduais. As despesas decorrentes da Lei, caso aprovada, ficam a cargo das dotações orçamentárias do Estado.
MENOR SALÁRIO DENTRE OS GOVERNADORES
Mesmo com a possibilidade de ter sua remuneração aumentada, Elmano seguiria como o governador com o menor salário dentre os chefes das 27 Unidades da Federação (UF). Na segunda posição dentre os menores subsídios, aparece o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), que recebe R$ 21,8 mil. No outro extremo, o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri (PSD), recebe R$ 44 mil mensais. Confira quanto recebe cada governador:
- Sergipe: Fábio Cruz Mitidieri (PSD): R$ 44.008,52;
- Pernambuco: Raquel Lyra (PSDB): R$ 42.145,88 (como procuradora do estado);
- Acre: Gladson Cameli (PP): R$ 40.137,69;
- Minas Gerais: Romeu Zema (Novo): R$ 39.717,69;
- Mato Grosso do Sul: Eduardo Riedel (PSDB): R$ 35.462,27;
- Rondônia: Marcos Rocha (União Brasil): R$ 35.462,22;
- Rio Grande do Sul: Eduardo Leite (PSDB): R$ 35.462,22;
- Pará: Helder Barbalho (MDB): R$ 35.363,55;
- Bahia: Jerônimo Rodrigues (PT): R$ 35.266,80;
- São Paulo: Tarcísio Freitas (Republicanos): R$ 34.572,89;
- Roraima: Antonio Denarium (PP): R$ 34.299,00;
- Amazonas: Wilson Lima (União Brasil): R$ 34.070,00;
- Piauí: Rafael Fonteles (PT): R{{%%ltplaceholder%%}}nbsp;33.806,39:
- Paraná: Ratinho Júnior (PSD): R$ 33.763,00;
- Maranhão: Carlos Brandão (PSB): R$ 33.006,39;
- Espírito Santo: Renato Casagrande (PSB): R$ 33.006,00;
- Amapá: Clécio Luís (SD): R$ 33.000,00;
- Paraíba: João Azevêdo Lins (PSB): R$ 32.434,82;
- Mato Grosso: Mauro Mendes (União Brasil): R$ 30.862,79;
- Distrito Federal: Ibaneis Rocha (MDB): R$ 29.951,94;
- Alagoas: Paulo Dantas (MDB): 29.365,63;
- Goiás: Ronaldo Caiado (União Brasil): R$ 29.234,38;
- Tocantins: Wanderlei Barbosa (Republicanos): R$ 28.070,00;
- Santa Catarina: Jorginho Mello (PL): R$ 25.322,25;
- Rio Grande do Norte: Fátima Bezerra (PT): R$ 21.914,76;
- Rio de Janeiro: Cláudio Castro (PL): R$ 21.868,14;
- Ceará*: Elmano de Freitas (PT): R$ 21.788,97.
*Caso o projeto da Mesa Diretora da Alece seja aprovado.