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22 de abril de 2025

Deputado denuncia prefeito José Sarto por “colapso na saúde” à Comissão Interamericana de Direitos Humanos

Conforme o deputado, o prefeito Sarto realizou nos últimos dois anos uma sequência de decisões equivocadas e ineficazes que se traduziram em verdadeiros prejuízos à saúde da população fortalezense
Foto: Reprodução / Alece

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O deputado estadual Carmelo Neto (PL) anunciou nesta quarta-feira, 3, que denunciou o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), à Comissão Interamericana de Direitos Humanos por violação aos direitos humanos em razão da situação da saúde pública no Município. Conforme o parlamentar, cinco das nove unidades de emergência foram fechadas pelo gestor municipal.

“A partir do momento que a Prefeitura fecha, põe abaixo uma estrutura hospitalar e não oferece alternativa para que a população busque um atendimento em outro hospital, em um outro posto de saúde equivalente ao que tinha, nesse caso, tem dolo, tem responsabilidade”, disse, em coletiva de imprensa, na Alece.

O deputado tem sido apontado como a aposta do PL para concorrer à Prefeitura de Fortaleza em 2024 e foi um dos nomes incluído nos cenários elaborados pela pesquisa do Instituto Paraná, divulgada na semana passada.

Conforme o Carmelo Neto, o prefeito Sarto teria realizado, nos últimos dois anos, uma sequência de decisões “equivocadas e ineficazes”, causando “prejuízos” à saúde da população fortalezense. Dentre as ações que teriam levado ao que o deputado chama de “colapso na saúde”, está a demolição do Hospital Distrital Gonzaga Mota, na Messejana. Carmelo pontuou que não houve uma audiência pública amplamente divulgada, e os próprios médicos da unidade hospitalar disseram que não possuíam nenhuma informação prévia sobre a demolição.

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DECISÕES QUESTIONADAS

Além do Gonzaguinha, outro fechamento “arbitrário”, conforme Carmelo Neto, foram as emergências dos Hospitais Gonzaguinha da Barra do Ceará, de Messejana e do José Walter, assim como o Hospital Maternidade Nossa Senhora da Conceição, no Conjunto Ceará – inclusive com registro de greve dos profissionais de saúde. Neste caso, enfermeiros, médicos e dentistas anunciaram a paralisação dos serviços.

Outro ponto destacado pelo parlamentar foi a demissão e troca de secretários de Saúde do Município de Fortaleza. A pasta teve três gestores até agora, o que seria causa de “instabilidade” e piora dos serviços públicos, por falta de uma gestão regular. Carmelo ainda citou fiscalizações realizadas por parlamentares, que, segundo ele, comprovaram a existência de emergências fechadas, ausências de atendimentos e falta de insumos. O parlamentar também criticou o que chamou de “crises institucionais”, ocasionadas pelo prefeito Sarto com o atual governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT).

“Os fatos são graves, atingem diretamente a vida das pessoas e é com tristeza que a gente se depara com tudo isso. É uma denúncia de mais de 500 páginas, com provas robustas do dolo, da responsabilidade do prefeito de Fortaleza, diante do caos que vive a cidade da Fortaleza”, frisou o parlamentar durante coletiva.

O OPINIÃO entrou em contato com a Prefeitura de Fortaleza, que se pronunciou negando o fechamento de unidades, além do Gonzaguinha de Messejana, “como foi amplamente divulgado, porque está sendo construído um novo hospital”. A gestão, contudo, não se pronunciou sobre a denúncia que teria sido feita ao organismo internacional.

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