O deputado estadual eleito pelo Ceará, Sargento Reginauro (União Brasil), aposta em uma redução da distância entre Bolsonaro (PL) e Lula (PT) no Estado no segundo turno das eleições, que acontece no próximo domingo, 30. Na avaliação do parlamentar, um possível aumento do número de abstenções para o momento final do pleito deve beneficiar Bolsonaro em detrimento do candidato petista, que venceu nos 184 municípios cearenses no primeiro turno, em 2 de outubro.
“Nosso desafio é diminuir ao máximo a diferença [de Lula e Bolsonaro]. Não há nenhuma expectativa de virar o jogo, é uma diferença muito grande e se luta contra uma máquina muito pesada dentro do Governo do Estado, mas queremos diminuir ao máximo. Estamos sentindo que vamos atingir o objetivo e vamos ter um resultado muito diferente”, revelou Reginauro em entrevista exclusiva ao OPINIÃO CE, no sábado, 22, durante a 1ª Cavalgada do Agro Cearense, em Fortaleza.
“Teremos um crescimento da abstenção de votos no Ceará, porque não temos segundo turno para Governo e nem teremos os deputados concorrendo na rua. Essa abstenção, na verdade, tira muito mais votos do Lula do que do Bolsonaro, e aí trabalharemos em cima dos indecisos e mesmo daqueles que votaram Lula só por conta da onda que foi criada”, disse.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Lula recebeu 65,91% dos votos válidos (3.578.355) no primeiro turno, frente a 25,38% de Bolsonaro (1.377.827 de votos). O candidato à reeleição ampliou o quantitativo de votos no Estado em relação a 2018, quando teve 21,74% (1.061.075).
Segundo o TSE, o Ceará registrou mais de 1 milhão (17,46%) de abstenções na primeira etapa do pleito – em 2018, haviam sido 17,33%. Com o objetivo de diminuir este número, o Governo do Estado, com aprovação da Assembleia Legislativa do Ceará, autorizou o passe livre intermunicipal, com início na sexta-feira, 28, e término na segunda-feira, 31. “Esse espaço é importante para a pessoa realizar esse deslocamento”, afirmou a governadora Izolda Cela.