Aliado de primeira mão do senador Cid Gomes, o deputado estadual Osmar Baquit (PDT) defendeu, durante sessão plenária nesta terça-feira (17), a saída em bloco dos deputados, vereadores e prefeitos do PDT após imbróglio judicial envolvendo a direção estadual do partido no Ceará. “Vamos continuar lutando pela verdade e pela justiça. Se comandarmos um novo partido no Estado, o candidato do PDT na Prefeitura [de Fortaleza] para as eleições ficará em terceiro lugar”, disse o parlamentar.
O PDT é o partido que tem o maior número de prefeitos, vereadores e vice-prefeitos no Estado. Segundo Baquit, isso ocorre por conta da liderança do senador Cid. “Vamos ganhar mais uma vez na Justiça porque estamos do lado da verdade. A maioria votou no Cid Gomes e ele é o legítimo nome do partido. Espero que a justiça seja feita logo mais”, afirmou.
Nesta segunda-feira (16), a maioria dos filiados escolheram Cid Gomes como novo presidente da sigla, no lugar do deputado federal André Figueiredo, que acumula interinamente a presidência nacional. Logo após o anúncio da decisão, no entanto, um representante de Figueiredo apresentou uma liminar suspendendo os efeitos da reunião. Baquit, assim como Cid, aponta que a “magistrada [a juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28ª Vara Cível de Fortaleza] foi induzida ao erro”. A liminar pontua que os trâmites mínimos necessários não foram respeitados.
Dos 84 membros, 49 compareceram e 48 votaram a favor, com uma abstenção. “Ninguém votou contra, mas, ao final da reunião, uma pessoa ligada ao deputado André Figueiredo disse que a reunião estava anulada devido a uma liminar. Porém, induziram a juíza que fez essa liminar a um erro já que falaram em convenção. Não era uma convenção, era uma reunião”, lamentou.
Em aparte, o deputado Marcos Sobreira (PDT) lamentou o ocorrido na reunião. “Me solidarizo com o senador Cid Gomes e sabemos que sem ele, os dias do PDT estão contados. Estaremos com Cid Gomes em qualquer decisão que ele tomar”.