A deputada federal reeleita Carla Zambelli (PL-SP), apoiadora do presidente Jair Bolsonaro (PL), sacou uma arma e apontou para um homem na tarde deste sábado, 29, no bairro nobre dos Jardins, em São Paulo. Em um vídeo publicado em suas redes sociais, a deputada afirma ter sido hostilizada por “militantes de Lula” e derrubada por um deles. As circunstâncias do conflito, no entanto, não são claras. Em outro vídeo, a parlamentar cai sozinha na calçada e é levantada por um de seus seguranças.
Ainda nesse registro, é possível ver uma discussão entre Zambelli e um homem na Alameda Lorena, região próxima de onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza um ato de campanha neste sábado.
Durante a discussão, Zambelli se desequilibra e cai sozinha, passando, então, a correr atrás do homem. Nesse momento, um outro homem que acompanhava a parlamentar, bem como ela mesma, sacam armas. Há o som de um disparo, mas sem mostrar quem teria realizado o tiro.
Um terceiro vídeo registra a deputada perseguindo o mesmo homem, que entra no bar para despista-la, mas Zambelli o persegue ainda com a arma apontada em direção ao homem. Dentro do bar, o vídeo sugere que a deputada quis dar voz de prisão ao militante do PT.
O caso aconteceu nas vésperas do segundo turno da eleição presidencial. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibiu, em setembro, o transporte de armas por colecionadores, atiradores e caçadores no dia das eleições, e também nas 24 horas anteriores e nas 24 seguintes ao dia da votação. Conforme a decisão, o “descumprimento da referida proibição acarretará a prisão em flagrante por porte ilegal de arma sem prejuízo do crime eleitoral correspondente”.
A parlamentar pode, em tese, sofrer sanções por quebra de decoro parlamentar que, em último caso pode até mesmo levar à cassação do mandato, segundo consta em lei.