Em meio a denúncias de escândalos envolvendo a agora ex-alta cúpula da Caixa Econômica Federal (CEF), Daniela Marques assume nesta terça-feira, 5, a Presidência da instituição. A cerimônia de posse vai ocorrer no Palácio do Planalto, em Brasília.
Braço direito de Paulo Guedes, ministro da Economia, a gestora entrou no lugar de Pedro Guimarães, denunciado por funcionárias e ex-funcionárias do banco e investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) por suposto assédio sexual – o ex-presidente nega as acusações.
Três dias depois da saída, ocorrida na quarta-feira da semana passada, Celso Leonardo Derzie de Jesus também deixou a estatal, ao renunciar, por meio de comunicação em fato relevante – Barbosa teve seu nome citado nas declarações acerca de Guimarães.
O nome da economista foi aprovado na última sexta-feira, 1º, pelo Comitê de Elegibilidade da CEF. Ex-secretária especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. No governo desde janeiro de 2019, a gestora foi chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos da pasta.
Uma das principais assessoras do ministro Paulo Guedes, Daniella assumiu a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade no início deste ano.
Com formação em Administração de Empresas, a nova presidente tem MBA em Finanças e foi diretora-executiva da Oren Investimentos e diretora de Risco e Compliance, sócia e gestora de Renda Variável da Mercatto Investimentos. Antes de entrar no governo, foi sócia do ministro Guedes na Bozano Investimentos, onde ocupou o posto de diretora de Compliance e Operações e Financeiras.
BARBOSA RENUNCIA
Barbosa foi vice-presidente da área de Negócios no Atacado da Caixa. Um dos executivos mais próximos de Guimarães, Barbosa também foi citado em denúncias de funcionárias da Caixa que já prestaram depoimento aos investigadores.
A renúncia foi aprovada pelo Conselho de Administração do banco. Barbosa, que também nega as acusações, é alvo de denúncia por abuso sexual apresentada na ouvidoria da Caixa. O MPT e o Tribunal de Contas da União (TCU) se debruçam sobre o caso. (Agência Brasil)
