Abastecer o carro, fazer a manutenção do veículo ou trocar de automóvel. Tudo isso passou a custar mais para o motorista brasileiro, mostra o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). No acumulado de 12 meses até fevereiro, o que mais chama atenção é a disparada dos combustíveis. Até fevereiro, o gás veicular teve inflação de 38,41%. É a maior alta de uma lista com 16 subitens, entre produtos e serviços, que integram o IPCA e pesam no bolso de quem tem carro.
Logo em seguida vem o etanol, cujos preços subiram 36,17% no mesmo período. A gasolina, por sua vez, avançou 32,62%, a terceira maior alta da lista. Na pandemia, os preços de combustíveis subiram no Brasil diante do avanço do petróleo no mercado internacional e da alta do dólar. Os dois fatores são levados em consideração pela Petrobras na hora de definir os preços nas refinarias.Como os dados do IPCA vão até fevereiro, ainda não captam o impacto do mega-aumento dos combustíveis anunciado pela Petrobras em 10 de março. O reajuste passou a valer nas refinarias da estatal no dia seguinte.
Na ocasião, a gasolina subiu 18,8%, o óleo diesel avançou 24,9%, e o gás de cozinha teve alta de 16,1%. A elevação já impactou preços nos postos de combustíveis e nas revendas de gás. O mega-aumento veio na esteira dos efeitos econômicos da guerra entre Rússia e Ucrânia, que elevou as cotações do petróleo no mercado internacional.
Folha Press