O curso de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC), do campus em Sobral, recebeu, na última quarta-feira (10), o certificado do Sistema de Acreditação de Escolas Médicas do Conselho Federal de Medicina (SAEME-CFM). Foram avaliados aspectos como a política institucional, projeto pedagógico, programa educacional, corpo docente e discente, além do ambiente educacional. A certificação foi entregue ao coordenador do curso, o professor Paulo Roberto Lacerda Leal, que esteve na solenidade realizada em Brasília, na sede do CFM, durante a programação do I Encontro de Escolas Médicas Acreditadas – Formando uma Rede de Boas Práticas Educacionais.
“Há vários anos, temos aprimorado processos educacionais e de trabalho em nossa escola, com foco na integração sinérgica com o sistema de saúde local, visando à oferta de um ensino médico de qualidade. Todavia, o curso sentia a necessidade dessa avaliação e consequente reconhecimento formal da qualidade dos serviços oferecidos, assegurando-nos de que atendemos aos requisitos necessários para uma boa formação médica”, explicou o coordenador do curso em Sobral.
Além de responder um questionário on-line, realizado na primeira etapa do processo, em setembro do ano passado, o curso recebeu uma visita técnica de quatro avaliadores. O resultado com a acreditação do curso foi divulgado em abril deste ano, certificando que o curso de Medicina da UFC em Sobral apresenta uma boa prática educacional que merece ser notificada e compartilhada com outras instituições de ensino. O reconhecimento possibilita que os egressos do curso apliquem provas de validação de diploma no exterior, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, a partir da associação da acreditação do SAEME-CFM com a Federação Mundial para a Educação Médica (WFME).
FATORES AVALIADOS
A avaliação positiva do curso de Medicina do Campus de Sobral pelo SAEME-CFM se deu pelo reconhecimento da integração da escola à rede de saúde local, que foi identificada como uma atuação pautada na responsabilidade social e que atende às demandas das políticas públicas. Outro fator bem avaliado foi o “corpo docente comprometido e qualificado, bem como o ambiente educacional dialógico e favorável à aprendizagem dos estudantes”, já que, segundo o professor Paulo Roberto, foi percebida pelos avaliadores a preocupação com do curso com as ferramentas de avaliação institucional e os encaminhamentos relacionados aos processos avaliativos.
Utilizando conceitos de suficiência e insuficiência, o Conselho de Medicina aponta áreas de excelência educacional e também de setores que necessitam de aprimoramento. O processo avaliativo do SAEME-CFM indicou pontos de melhoria do curso, que já estão sendo tratados pela coordenação.
“Práticas clínicas foram curricularizadas no ciclo básico do curso, bem como introduzimos módulos de discussão sobre segurança do paciente em vários semestres. Adicionalmente, já iniciamos processo para reforma e melhoria do arsenal tecnológico do nosso Laboratório de Simulação Realística”, informou o coordenador do curso.