O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) virou alvo dos adversários na noite deste sábado, 24, durante debate realizado pelo SBT. O petista escolheu não participar do evento e preferiu outros compromissos de campanha. Líder nas pesquisas de intenção de voto, ele disse neste domingo, 25, que vai ao debate marcado pela TV Globo para 29 de setembro, próxima quinta-feira.
“Os debates estão ficando difíceis porque tem pouca gente com condições de disputar as eleições e eu vou lá disputar com cinco que só têm um objetivo: me atacar”, declarou Lula, durante evento na sede da escola de samba Portela, no Rio de Janeiro.
Confirmando participação na próxima sabatina, a última antes do primeiro turno, o petista disse que vai para conversar com o eleitores.
“Eu quero ir no debate não porque eu quero conversar com eles, [mas porque] eu quero aproveitar o espaço da televisão para conversar com vocês”, afirmou na quadra da escola de samba.
Durante o evento, Lula criticou quem deseja se abster de comparecer às urnas no próximo domingo,2.
“Nesses próximos dias, a gente vai ter que chamar essas pessoas que estão indecisas ou estão dizendo que vão se abster de votar. Aquelas pessoas que chegam no dia da eleição de manhã, pega o carro e vai para algum lugar e não quer votar. Ele é um rebelde. Na verdade, não tem rebeldia nesse gesto. Na verdade, é falta de sintonia com a realidade que estamos vivendo”, criticou, segundo informações do portal Metrópoles.
Alvo dos adversários
Durante a sabatina do SBT, a ausência do petista foi apontada por todos os adversários.
“Uma sabatina, um debate, é como uma entrevista de emprego. Você aí, na sua casa, contrataria um candidato que faltou à entrevista de emprego? Esse é o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, que não merece o seu voto de maneira nenhuma”, disse Soraya Thronicke, do União Brasil.
Ciro Gomes (PDT) disse que Lula está “de salto alto e “acha que já ganhou” e afirmou que petista não foi porque “não tem como explicar as promessas e denúncias de corrupção”.
Simone Tebet (MDB) criticou a campanha pelo “voto útil” empregada pela campanha petista. “Me espanta quem prega o voto útil fugir de um debate”, lamentou.
Já o presidente Jair Bolsonaro (PL) se referiu a Lula como “presidiário e fez dobradinha com Padre Kelton substituto de Roberto Jefferson pelo PTB, para criticar relacionar o petista ao presidente da Nicarágua, Daniel Ortega. Os dois acusaram o líder do país da América Central de promover perseguição religiosa.
Corremos os mesmos riscos que corre o povo da Nicarágua, com perseguição ferrenha aos cristãos. O ditador da Nicarágua é amigo do grupo do Foro de São Paulo”, disse Kelmon, mencionando o grupo de partidos de esquerda da América Latina que virou assunto nos debates de 2018 com o então candidato Cabo Daciolo.
