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7 de fevereiro de 2025

Crise no PSDB é sobre quem manda no dinheiro

Foto: Pablo Jacob/Divulgação

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Um movimento interno no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), na última semana, fez com que o ex-governador de São Paulo, João Doria, trocasse o coordenador da sua campanha. Bruno Araújo, presidente nacional da legenda, foi “demitido” para dar a vaga a Marco Vinholi, ex-secretário de Dória. 

Porém, uma fonte próxima a Bruno, afirmou que o desligamento não teria um efeito prático. “O dinheiro está sob o controle de Bruno e, se ele quiser, pode deixar a campanha de Doria à míngua. Ele vai fazer o quê? Pagar a própria campanha?”, comentou uma das fontes.

A mudança ocorreu logo após o encontro de Araújo com o grupo Esfera, que é composto por empresários em São Paulo, onde ele teria “relativizado” a candidatura de Doria. “Ufa! Comando que nunca fiz questão de exercer. Aliás, ele sabe as circunstâncias em que e o porque ‘aceitei’ à época. Aliás, objetivo cumprido!”, disse em suas redes sociais. 

O tesoureiro do partido, César Gontijo, comentou sobre a rixa entre o presidente da legenda e o candidato a presidência. “O estatuto do partido define a destinação. O tesoureiro, em conjunto com o presidente, avalia e encaminha os recursos junto com o presidente. Nenhum de nós faria isso sem ouvir a Executiva Nacional. Não tenho dúvida de que o que vai prevalecer é a relação institucional entre o Bruno, presidente do PSDB, e o João, candidato do PSDB”, declarou.

Nesta eleição, o partido terá um caixa de R$ 400 milhões, somando fundo eleitoral e partidário. Sobre um possível boicote financeiro de Bruno à candidatura de Doria, Gontijo disse: “Se ele tentar algo, a solução não é puni-lo, mas desfazer o que ele tentar”. 

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