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13 de outubro de 2024

CPI da Enel tem início nesta quarta (16) levantando denúncias de consumidores

O presidente da CPI, deputado Fernando Santana (PT), vai incorporar as investigações às denúncias de empresas e pessoas físicas sobre ligação de energia e reajustes
Foto: Paulo Rocha/Alece

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O apagão de energia no Ceará e em outros estados brasileiros nesta terça-feira, 15, estará na pauta da CPI da Enel, que terá início nesta quarta-feira, 16. O requerimento com pedido de informação será aprovado. O presidente da CPI, deputado Fernando Santana (PT), vai incorporar as investigações às denúncias de empresas e pessoas físicas sobre ligação de energia e reajustes, além das religações demoradas e melhor explicação quanto à cobrança da iluminação pública.

As denúncias de irregularidades têm atrapalhado ainda mais os planos de venda da Enel. As ações da empresa caíram na Bolsa de Valores. “Em São Paulo, a ENEL também será submetida à investigação”, anunciou o deputado De Assis Diniz, líder do PT e membro titular da Comissão Parlamentar.

A decisão de abrir a CPI da Enel foi tomada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Evandro Leitão (PDT), após todos os deputados estaduais assinarem o requerimento para instalação de uma comissão para investigar os serviços prestados pela empresa. Em nota, a empresa disse estar aberta a prestar os esclarecimentos necessários para a Comissão Parlamentar.

OUVIR A SOCIEDADE

Comissão Parlamentar de Inquérito foi instalada na última quinta-feira, 10, na Assembleia Legislativa. A vice-liderança ficou com o deputado estadual Carmelo Neto (PL). “É importante destacar que o fato de eu estar como vice-presidente mostra que esta é uma comissão suprapartidária, que vai buscar repostas”, disse Carmelo. O deputado Guilherme Landim (PDT) ficou com a relatoria da CPI. Nesta semana, serão dados mais detalhes sobre a agenda do grupo, que deverá ouvir demandas da população por meio de audiências públicas nas regiões cearenses.

A CPI espera finalizar os trabalhos em 120 dias, podendo ser prorrogado por igual período. A ideia do presidente e do relator é solicitar o acompanhamento do Ministério Público. Os representantes das entidades de classe devem ser os primeiros a prestar esclarecimentos.

“Vamos ter um trabalho isento, comprometido, em busca da verdade. Na próxima semana, já vamos fazer a primeira reunião de trabalho. É importante dizer que não é uma caça às bruxas. A comissão vai fazer um trabalho sério. Temos perspectivas de convites e convocações. Tudo será passado para a imprensa para dar clareza ao nosso trabalho, e vamos convidar inúmeras pessoas para conversar e colabora”, disse Santana, em coletiva, na última quinta-feira.

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