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24 de maio de 2025

Contratações para bovinocultura de corte superam R$ 84 milhões em 2022 no Ceará

Para apoiar a retomada das vendas e o desenvolvimento da bovinocultura de corte na região, o Banco do Nordeste (BNB) prevê contratar mais de R$ 3,5 bilhões em 2023, valor equivalente ao registrado em 2022 e um aumento de 10% em relação a 2021
Divulgação

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Os números da bovinocultura de corte no Ceará são promissores, com mais de R$ 84 milhões em contratações registradas em 2022, conforme o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), do Banco do Nordeste (BNB). O Estado tem sido beneficiado pelo aumento da demanda global pela carne bovina, impulsionada, principalmente, pelo crescimento do consumo na China, que estima-se aumentar em 5,9% em 2023, atingindo 10,85 milhões de toneladas.

Para apoiar a retomada das vendas e o desenvolvimento da bovinocultura de corte na região, o Banco do Nordeste (BNB) prevê contratar mais de R$ 3,5 bilhões em 2023, valor equivalente ao registrado em 2022 e um aumento de 10% em relação a 2021. O suporte oferecido pelo BNB abrange tanto grandes quanto pequenos produtores, visando o aumento de produtividade e otimização de recursos, com investimentos em tecnologia, inovação, melhorias genéticas dos animais, manejo alimentar e sanitário, e reserva estratégica alimentar, especialmente em áreas como o Semiárido.

MAIS INVESTIMENTOS PARA O CEARÁ

O governador Elmano de Freitas (PT) participou, neste mês, da comitiva brasileira à China para fechar acordos comerciais. A viagem estava originalmente programada para o dia 26 de março, mas foi adiada devido a problemas de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). No país asiático, Elmano assinou três acordos com multinacionais chinesas envolvendo a geração de energias renováveis no Ceará. De acordo com o mandatário, os acordos devem garantir “mais desenvolvimento e geração de empregos aos cearenses”.

A ação representou um momento importante de retomada das relações diplomáticas, institucionais e de expansão dos laços econômicos entre o Brasil e a China. A comitiva incluiu também 240 empresários, a maioria do setor agrícola, com expectativa de que o Brasil possa dialogar sobre a exportação de mais produtos industrializados, já que atualmente o país vende principalmente commodities para a China.

CHINA AINDA É DESTINO PRINCIPAL

A China continua sendo o principal destino da carne brasileira, representando 54,72% das exportações em 2022, em comparação a 39,22% em 2021, com 1,24 mil toneladas exportadas. Apesar das boas perspectivas, especialistas alertam para a complexidade do mercado e a necessidade de cautela. Segundo a zootecnista Kamilla Ribas Soares Colli, do Etene, é preciso focar na melhoria da eficiência dos sistemas de produção “para obter ganhos de lucratividade e rentabilidade, em meio à competitividade com outras proteínas como frango e suínos”.

O zootecnista Luciano Feijão Ximenes também ressalta a importância de um bom planejamento financeiro para investidores, a fim de mitigar as variações de preço decorrentes de questões geopolíticas. “Tanto o mercado externo, com expectativas positivas, quanto o mercado interno, que absorve 70% da produção, estão sujeitos a impactos geopolíticos”. Portanto, é recomendável investir na eficiência da produção, observando as práticas de sustentabilidade, como a economia circular, que se torna uma prioridade em relação ao aumento da capacidade.

BRASIL

No acumulado anual de 2022, o Brasil registrou um aumento nas vendas de carne bovina, com crescimento de 40,88% em valor (US$) e 22,66% em volume (Kg) em comparação com o mesmo período de 2021. As exportações de carne bovina brasileira foram realizadas para 153 países, destacando a importância do setor para a economia nacional.

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