Inspirado pela temporada atual de “For All Mankind”, que cria uma continuação da corrida espacial, resolvi fazer um exercício de imaginar os transportes em outro planeta. Na série, estão correndo contra o tempo para ver quem chega primeiro para colonizar Marte. E não consigo evitar de imaginar como seriam as comunidades e transportes em um novo planeta.
Já temos tecnologia suficiente para extrair energia solar, e tendo após a colonização outras fontes renováveis como eólica e hidrelétrica, (ou mesmo nuclear), não há motivo para utilizar combustível fóssil, com todos os conhecidos malefícios do seu uso.
Considerando a dificuldade de levar grandes volumes nos foguetes, ou mesmo de extrair inicialmente um volume exagerado de material de um novo planeta, dá pra imaginar que os veículos não sejam maiores do que o necessário, com capacidades de carga ou de quantidade de pessoas excessivas.
Não tem sentido que as primeiras pessoas que irão habitar um local inóspito morem longe umas das outras, ou mesmo que os serviços fiquem longe das habitações. Isso geraria enormes e desnecessários custos logísticos. Também não tem porque projetar veículos que se desloquem em velocidades muito altas, perigosas para a vida humana, ou que não tenham sistemas altamente eficientes de segurança para prevenir mortes evitáveis.
À medida que fosse necessário transportar mais pessoas, faria sentido construir veículos maiores, e otimizar rotas e horários para melhor eficiência do serviço. Ao construir pavimentos e toda a infraestrutura ao redor, seria óbvio que teríamos que pensar em todos os meios de transporte existentes, e não apenas em um deles, deixando os outros “brigando” por algum espaço posteriormente.
Por fim, não precisaríamos de foguete (ou avião, drone ou “similar”) para cobrir distâncias que podem ser feitas de forma terrestre, em tempos equivalentes. Ainda estamos longe de colonizar outro planeta, mas temos tempo de olhar para a nossa maravilhosa Terra e resolver pelo menos alguns destes problemas com a tecnologia e o conhecimento atuais.