Nesta sexta-feira, 23, no Palácio da Abolição, foi anunciado o C-Jovem, projeto que oferta 8.400 novas vagas a estudantes na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no Ceará. Para o projeto, serão investidos R$ 34 milhões oriundos de recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), captados pela Lei de Informática do programa federal Residência em TIC. A meta do projeto é de alcançar 100 mil alunos em cinco anos.
No evento, estiveram presentes, além do governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), a ministra do MCTI, Luciana Santos; a secretária estadual da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), Sandra Monteiro; a secretária estadual da Educação (Seduc), Eliana Estrela; a senadora Augusta Brito (PT); e o Secretário da Ciência e Tecnologia e Educação Superior do Estado do Ceará, Inácio Arruda.
Segundo Elmano, era importante que o programa também aderisse o jovem que já tinha concluído o Ensino Médio, para que ele também pudesse ter a oportunidade de emprego que vem do C-Jovem. Conforme o governador, o projeto educacional do Estado avançou, mas ainda precisa avançar mais.
“Nós só vamos ter tranquilidade quando pudermos comparar nossas notas com as dos países mais desenvolvidos na educação do planeta, nós não podemos nos comparar com quem tem nota na educação abaixo da nossa”, disse o governador.
A ministra Luciana Santos aproveitou a oportunidade para anunciar, também, outros investimentos no Estado. Segundo ela, recursos do Fundo Nacional de Investimento em Ciência e Tecnologia (FNDCT), operador pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), vai financiar ainda outros quatro projetos que juntos somam o montante de R$ 14 milhões. “R$ 7,3 milhões a dois projetos da Nutec [Núcleo de Tecnologia e Qualidade Industrial do Ceará], voltados para o fomento à infraestrutura para a produção de rochas e minerais industriais e para o apoio à indústria de petróleo e gás”, anunciou.
“Além disso, a Finep também financiará o centro de inovação tecnológica da Universidade Regional do Cariri (Urca), e da Universidade do Vale do Acaraú (Uva). Juntos somam investimento de 7,1 milhões”
SOBRE O PROJETO
Nesta fase, o C-Jovem será executado como Projeto de Extensão da Universidade Estadual do Ceará (Uece), do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e da Universidade Federal do Ceará (UFC). As atividades vão ser realizada de forma virtual, 10 horas por semana, durante um ano, em um total de 480h. No último trimestre, os estudantes vão participar de um programa de imersão nas empresas parceiras, a fim de aplicar os conhecimentos adquiridos.
O C-Jovem é desenvolvido pelo Governo do Ceará, por meio das secretarias da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), da Educação (Seduc), do Desenvolvimento Econômico (SDE), do Planejamento e Gestão (Seplag), do Trabalho (STE) e da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), em parceria com Uece, IFCE e UFC, Iracema Digital, Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Ceará (Sebrae Ceará), Federação das Indústrias do Estado do Ceará/Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Fiec/Senai), Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Ceará/Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Fecomércio/Senac) e Instituto Atlântico.
PRIMEIRA EDIÇÃO
A primeira edição do C-Jovem foi realizada no ano passado, e contou com a capacitação de 5.500 alunos em 2022. Segundo a secretária da Secitece, Sandra Monteiro, entretanto, este número tende a aumentar.
“Na primeira etapa que já aconteceu e vai continuar acontecendo, foram disponibilizadas 174 escolas estaduais, em 73 municípios. Foram capacitados 214 professores e 5.500 alunos só em 2022, mas teremos quase 11 mil com alunos ainda em qualificação em 2023”, afirmou.
O jovem Douglas Júnior, capacitado pelo C-Jovem na primeira edição do programa, no ano passado, disse que o projeto foi inovador e agregou bastante no seu conhecimento. “Foi um curso diferencial para mim, acredito eu que tenha influenciado na minha aprovação na empresa que estou agora“, afirmou.
Segundo o governador do Estado, é um objetivo do Ceará alcançar a integridade das escolas com educação em tempo integral. “Nós estamos com 70% das nossas Escolas em tempo integral, nós ainda não chegamos a 100%, nós só vamos poder comemorar isso quando todos os alunos tiverem a oportunidade que o Douglas teve de passar três anos do Ensino Médio em uma Escola de Tempo Integral”.
