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15 de janeiro de 2025

Com o Brasil abaixo da média, OCDE avalia o pensamento criativo de estudantes em 64 países

Entre os países avaliados, o Brasil ocupou a 49ª posição, marcando 23 pontos, o que representa um resultado abaixo da média da OCDE.
Foto: Sam Balye/ Unsplash

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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) realizou uma pesquisa com 64 países, avaliando o pensamento criativo de estudantes. O estudo “Mentes criativas e escolas criativas” ainda conta com levantamentos do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022. Entre os países avaliados, o Brasil ocupou a 49ª posição, marcando 23 pontos, o que representa um resultado abaixo da média da OCDE. No ranking, Singapura apresentou o melhor desempenho em termos de pensamento criativo, com 41 pontos.

O intuito do estudo é mostrar a importância de se formar cidadãos com capacidade de “pensar fora da caixa”, identificando as localidades que apresentam os melhores resultados e associando o pensamento criativo aos currículos escolares. Foi avaliada a capacidade de alunos de 15 anos de pensar criativamente, que possuam a competência de se envolver na geração, avaliação e aprimoramento de ideias originais e diversas.

Enquanto o primeiro colocado possui 41 pontos, a média dos países avaliados pela OCDE ficou em 33. Ainda acima da média estão Coreia e Canadá (ambos com 38 pontos), seguidos de Austrália (37), Nova Zelândia, Estônia e Finlândia (36); Dinamarca, Letônia e Bélgica (35); Polônia e Portugal (34 pontos). 

“Em Singapura, Letônia, Coreia, Dinamarca, Estônia, Canadá e Austrália, mais de 88% dos estudantes demonstraram nível básico de proficiência em pensamento criativo, o que significa que eles podem ter ideias para uma série de tarefas e começar a sugerir ideias originais para problemas familiares”, detalha o estudo.

Com 23 pontos, o Brasil está entre os países que apresentaram resultados significativamente abaixo da média da OCDE. A organização afirma que existe uma “grande lacuna de desempenho no pensamento criativo” entre os primeiros e últimos colocados no ranking da pesquisa, já que a Albânia, as Filipinas, o Uzbequistão, Marrocos e a República Dominicana apresentaram entre 13 e 15 pontos.

GÊNERO E CONDIÇÕES SOCIECONÔMICAS

O levantamento revela, ainda, que existem diferenças de desempenho quando comparamos os gêneros, apontando que as garotas possuem o pensamento criativo mais forte. Além disso, alunos em melhores condições socioeconômicas também apresentaram melhores resultados na pesquisa.

“As diferenças de gênero e socioeconômicas no desempenho persistem em todos os tipos de tarefas. Meninas se apresentaram particularmente melhor do que os meninos em trabalhos de expressão escrita e naquelas que exigem que eles desenvolvam as ideias dos outros. As diferenças socioeconômicas no desempenho são maiores no domínio da expressão escrita”, acrescenta a pesquisa.

Segundo o OCDE, entre 60% e 70% dos estudantes com os melhores resultados estão aqueles que relataram que possuem professores que incentivam respostas originais e que oferecem oportunidades para expressar suas ideias na escola. A participação regular de estudantes em atividades como artes, teatro, redação criativa ou aulas de programação também interferiram no resultado que apresentou os melhores desempenhos no pensamento criativo.

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