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24 de maio de 2025

Com as chuvas dos últimos dias, confira a situação dos cinco maiores açudes do Ceará

Dos quatro maiores reservatórios do Estado, apenas o Araras [4º maior do Ceará], na Bacia do Acaraú, encontra-se em situação bastante confortável
Foto: Divulgação/Cogerh

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O Ceará tem 24 açudes sangrando na manhã desta segunda-feira, 20, segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh). As fortes chuvas registradas no fim de semana em todo o Ceará geraram bons volumes, principalmente em reservatórios das regiões Norte, Sul e Litoral. O Sertão Central, região que ainda inspira atenção, também recebeu bons aportes, fato que refletiu na sangria do açude São José I, em Boa Viagem, o primeiro da Bacia do Banabuiú a verter neste ano.

Conforme explica o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, para que aconteçam aportes significativos é necessário que as chuvas ocorram de forma contínua e no local adequado. Atualmente, as condições dos grandes reservatórios, considerados estratégicos, variam. “Dos quatro maiores reservatórios do Estado, apenas o Araras [4º maior do Ceará], na Bacia do Acaraú, encontra-se em situação bastante confortável, com 73,6% da sua capacidade. Em seguida temos o Orós [2º maior], com 47,5%, o Castanhão [maior açude do Estado] com 20,6% e o Banabuiú [3º maior], com apenas 10%”, detalha o presidente da Cogehr.

O 5º maior reservatório do Ceará, o açude Figueiredo, em Alto Santo, tem apenas 5% de abastecimento.

CONFIRA OS APORTES DOS 5 MAIORES AÇUDES CEARENSES:

  • Castanhão: 20,63% (11,59% em 20 de março de 2022)
  • Orós: 47,59% (27,48% em 20 de março de 2022)
  • Banabuiú: 10,31% (8,12% em 20 de março de 2022)
  • Araras: 73,67% (67,99% em 20 de março de 2022)
  • Figueiredo: 5,35% (5,81% em 20 de março de 2022)
O açude Orós tem uma das melhores situações entre os 5 maiores do Estado. Foto: Divulgação/Cogerh

Nos últimos dias, conforme aponta monitoramento da Cogerh, os acumulados registrados na Bacia Hidrográfica do Litoral foram os mais expressivos dos últimos dias. Na região, já são cinco açudes monitorados sangrando: Mundaú, Gameleira, Quandú, São Pedro Timbaúba e Poço Verde. Em apenas uma semana, a reserva acumulada na bacia passou de 62% para 80%.

ABASTECIMENTO HÍDRICO

Segundo a Cogerh, o volume total atual no Estado é de 33,6%. Em igual período de 2022, o Ceará somava 24,2% de abastecimento, com 10 reservatórios sangrando e outros seis acima dos 90%. Nesta segunda-feira, 20, o Estado tem 10 reservatórios acima dos 90% de capacidade e outros 62 com volume abaixo dos 30%.

O quadro de reservação hídrica ainda varia de região para região. Bacias como a do Coreaú (86,2%), Acaraú (70,2%) e Metropolitanas (66,1%) contrastam com as regiões hidrográficas do Banabuiú (11,8%) e Sertões de Crateús (13,4%). “Isso decorre de uma das principais características do nosso regime de chuvas, a irregularidade no tempo e no espaço. Ou seja, nossas chuvas não são homogêneas no território nem constantes“, detalha o presidente.

“Para isso, são feitas reuniões com os colegiados dos Comitês de Bacias e realizados simulações dos cenários de uso da água em cada região do Ceará. O intuito é garantir uma operação segura para todos e atender as demandas prioritárias estipuladas pela legislação.”

Os 157 açudes monitorados, considerados estratégicos para a gestão hídrica do Ceará, passam por duas inspeções anuais, sendo uma antes e outra após a quadra chuvosa (fevereiro a maio). Enquanto a primeira aponta medidas a serem tomadas para evitar problemas na quadra, a segunda indica o que fazer para corrigir eventuais estragos causados pela água das chuvas. Os açudes não monitorados são de responsabilidade dos empreendedores, seja propriedade particular, prefeitura ou de associação.

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