A Universidade Estadual do Ceará (Uece) vai oferecer vagas na pós-graduação para estudantes estrangeiros. Com a iniciativa, alunos da América Latina e do Caribe poderão estudar na instituição. Serão ofertadas até 42 vagas, nas modalidades Mestrado Sanduíche – período entre dois e seis meses – e Doutorado Sanduíche – período entre dois e 12 meses. A expectativa é de que em breve a Uece anuncie a seleção dos estudantes estrangeiros. Os selecionados vão contar com bolsas de estudos financiadas pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoa de Nível Superior (Capes), por meio do Programa Move La América.
Os alunos, para participarem da seleção, deverão concorrer a vagas para os seguintes Programas de Pós-graduação (PPG): Administração, Ciências Fisiológicas, Educação, Cuidados Clínicos em Enfermagem e Saúde, Filosofia, Geografia, História e Letras, Linguística Aplicada, Ciências Veterinárias, Nutrição e Saúde, Saúde Coletiva e Sociologia.
Uma vez na Uece, por meio do Move La America, eles poderão participar do programa através da realização de estágio, de pesquisa, atividade de extensão ou ainda disciplinas de Pós-graduação de Instituições de Ensino Superior (IES) brasileiras, Institutos Federais (IFs) ou Institutos de Pesquisa (IP), em áreas relacionadas à sua área de atuação.
IMPORTÂNCIA DO PROGRAMA
Conforme a pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da Uece, a professora Ana Paula Rodrigues, a Universidade já atua com internacionalização na pós-graduação, mas apenas com iniciativas pontuais, que beneficiam um número reduzido de estudantes, tanto os da instituição, como os estrangeiros. A IES cearense, aliás, já oferece oportunidade a professores da instituição em experiências fora do País. No caso do Programa da Capes, no entanto, o número de pessoas que podem ser beneficiadas é maior e proporciona uma experiência diferente, já que receberá o profissional estrangeiro.
“Estamos participando de uma forma, digamos, ativa, pois estamos contribuindo com a formação daquele profissional estrangeiro. Estaremos aqui recebendo aquele aluno para o nosso processo, o nosso curso. É isso o que chamamos também de internacionalização ativa”, explicou a pró-reitora.
Ainda segundo ela, quando um estrangeiro chega à Universidade, ele vai trazer o conhecimento que adquiriu no seu país, enriquecendo o conhecimento dos discentes e docentes tanto da Uece, como de sua instituição de ensino. “[Ele] vai trazer um pouco da cultura dele para a nossa instituição, podendo também aprender a nossa cultura, aprender as nossas técnicas e levar para o seu país de origem. Então a importância dessa experiência está aí, em participar ativamente do processo de formação ou de qualificação de um aluno estrangeiro”, explicou.
Conforme a gestora, o Programa da Capes vai ser importante também para melhorar a nota da Universidade no momento de avaliação do PPG da Uece. “E mais, com a internacionalização, podemos alcançar maior visibilidade dos nossos programas, visibilidade local, social, internacional, e publicações em periódicos científicos em parceria com equipes estrangeiras”, destacou.
“Quanto mais tivermos visibilidade e internacionalização fortalecida, a probabilidade do conceito Capes do programa subir é muito maior. Quanto maior o conceito, mais ganhos para a instituição e para os estudantes do programa, sendo possível captar mais recursos, projetos e bolsas”, acrescentou.