O Ceará mostra recuperação em fevereiro com a geração de 4.330 novos postos de trabalho no período. Os dados, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Ministério do Trabalho. O balanço, proveniente da relação entre o número de contratações com carteira assinada (43.144) e demissões (38.814), é o terceiro melhor da região Nordeste, atrás de Pernambuco (6.740) e Bahia (8.043).
Em termos territoriais, Fortaleza registrou 1.656 novos postos, seguida por Itapajé (766), Iguatu (472), Juazeiro do Norte (383), Abaiara (276) e Caucaia (206).
“Seguindo o comportamento da série histórica do Caged, após o período de sazonalidade do mercado de trabalho, nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023, o Ceará retoma as contratações com a geração de 4,3 mil postos de trabalho”, ressalta o secretário do Trabalho do Estado, Vladyson Viana.
Segundo ele, o resultado de fevereiro mostra a tendência dos meses anteriores, com destaque para o setor de serviços, que gerou 3.978 empregos formais. Indústria (396), comércio (142) e construção civil (139) também registraram bons saldos. Conforme o Caged, o nível de emprego formal variou positivamente (0,35%) e atingiu o total de 1.243.032 empregos com carteira em fevereiro. “Nossa expectativa é que, com a manutenção dos investimentos públicos e uma melhor ambiência para os privados, o Ceará continue numa curva ascendente, para garantir mais oportunidades aos trabalhadores cearenses“, disse o titular.
BRASIL
Em nível nacional, a situação do País acabou prejudicada pela desaceleração econômica e pelo fechamento de vagas no comércio. Segundo o Caged, 241.785 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês, uma queda de 26,4% em relação a fevereiro de 2022. No período, haviam sido criados 328.507 postos de trabalho, nos dados sem ajuste, que não consideram declarações entregues em atraso pelos empregadores. Apesar da desaceleração em relação a fevereiro do ano passado, o índice segue tendência positiva em relação a dezembro, quando haviam sido fechados 440.669 postos. Em janeiro, foram criados 84.571.
No geral, quatro dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em fevereiro. A estatística foi liderada pelos serviços, com a abertura de 164,2 mil postos, seguido pela construção civil, com 40.380 postos a mais. Em terceiro lugar, vem a indústria (de transformação, de extração e de outros tipos) com a criação de 22.246 postos de trabalho. O nível de emprego também aumentou na agropecuária, com a abertura de 16.284 postos. Somente o comércio, pressionado pelo fechamento de vagas temporárias típico do início de ano, extinguiu empregos com carteira assinada no mês passado, com o fechamento de 1.325 vagas.
Considerando os meses de janeiro e fevereiro, foram abertas 326.356 vagas em todo o Brasil, o mais mais baixo para os dois primeiros meses do ano desde a reformulação do Caged, em 2020. A comparação considera os dados com ajustes, quando o Ministério do Trabalho registra declarações entregues fora do prazo pelos empregadores e retifica os dados de meses anteriores. A mudança da metodologia não torna possível a comparação com anos anteriores a 2020.