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19 de maio de 2025

“Colocados de lado”, diz André Figueiredo, presidente nacional do PDT, sobre espaço do partido no Governo Lula

A liderança do PDT nacional citou o incômodo da bancada pelo fato da oposição ao Governo ocupar cargos de maior destaque
"Agora que poderíamos ter um espaço maior, não temos", disse André Figueiredo ao podcast Questão de Opinião-Foto: Felipe Barreto/ Opinião CE

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O deputado federal e presidente interino da Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), André Figueiredo, falou, ao podcast Questão de Opinião, sobre a insatisfação da bancada federal pedetista em relação à falta de espaço da sigla no governo Lula. Segundo o líder do partido, os partidos que apoiaram o presidente durante as Eleições Gerais de 2022 foram “colocados de lado”, enquanto outras figuras políticas, que “não são 100% confiáveis”, nas palavras do parlamentar, estão ocupando espaços maiores. Figueiredo se refere a legendas como o União Brasil, que tem espaço no governo, mas sinaliza oposição no pleito de 2026, com possível aliança com o grupo de ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Agora que poderíamos ter um espaço maior, não temos. Isso nos causa um incômodo. Partidos que são do mesmo campo ideológico, partidos que têm uma história de estarmos lado a lado com o PT, de repente, sermos colocados de lado para favorecer partidos que não estarão com Lula nas eleições de 2026”, disse o deputado André Figueiredo.

A liderança do PDT citou o Ministério da Previdência Social, que atualmente é comandado pelo ex-presidente nacional do partido, Carlos Lupi. “Só que o PDT tem o Ministério da Previdência, que é importante, mas politicamente ele não tem muita relevância quanto outros ministérios”, afirmou o deputado.

Figueiredo também se mostrou incomodado com as siglas da base de Lula apoiando o requerimento de urgência do PL de Anistia. “O PDT, quanto à bancada, se sente altamente incomodado com essa situação (apoio ao requerimento de urgência). Nós temos 18 deputados. Evidentemente, não é uma bancada grande, mas são 18 votos que são entregues. Às vezes, o partido que tem 40 e poucos deputados não entrega 18 no processo de votação que o governo precisa dos votos”, argumentou. 

Segundo o atual presidente nacional do PDT, a insatisfação do partido deve ser pautada em reunião com o presidente Lula e a ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann.

Apesar do desconforto com a atual conjuntura do governo, Figueiredo garante que a falta de cargos para o partido não deve interferir no apoio ao presidente Lula nas próximas eleições, caso o PDT não apresente um nome para a disputa. “Não condicionamos apoio a Lula a cargos.” O candidato do partido em outras eleições, Ciro Gomes (PDT), afirmou, em outra ocasião, que não vai mais se candidatar a nenhum cargo político.

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