O Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) aprovou o projeto de geração de hidrogênio verde (H2V) da Qair Brasil durante a 318ª reunião ordinária que ocorreu nesta quinta-feira (1º), no auditório da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace). A sessão foi presidida pelo secretário do Conselho e superintendente da Semace, Carlos Alberto Mendes. Esse é o terceiro aval concedido pelo Coema para os empreendimentos de H2V, sendo o segundo para a planta da Casa dos Ventos em março deste ano.
Após a apresentação aos conselheiros do estudo de impacto ambiental, o projeto de energia renovável chamado Projeto H2 Fraternité obteve 24 votos favoráveis. O objetivo principal do empreendimento é a comercialização de hidrogênio verde, com foco no mercado nacional, estimando-se uma produção anual de 42.783 toneladas de hidrogênio gasoso.
“Foi um marco significativo para a Qair Brasil, especialmente devido à magnitude do projeto de 280MW, que é crucial para o estado do Ceará. Estamos focados no desenvolvimento do hidrogênio verde, uma realidade em que acreditamos. Além disso, estamos estabelecendo uma planta de H2V na França, programada para iniciar as operações no próximo ano, com o objetivo de trazer essa inovação para a comunidade cearense. Estamos ansiosos para concluir tudo até 2026”, ressalta Luís Santos, diretor de Desenvolvimento e Construção da Qair Brasil.
Carlos Alberto Mendes, superintendente da Semace, falou sobre a importância do hidrogênio verde para o desenvolvimento energético e econômico do Estado.
“Podemos contribuir para esse processo de transição energética e descarbonização da matriz energética mundial. Talvez seja a maior oportunidade que o Estado teve nos últimos tempos”, destaca o superintendente da Semace.
Outro ponto discutido e votado foi a proposta de alteração da Resolução Coema 02, (de 11 de abril de 2019) relacionada à competência de licenciamento de telecomunicações.
“A decisão do STF não afirmou que a atividade era isenta. Se tivesse feito isso, não estaríamos discutindo agora. Ela seria isenta de licenciamento. Se o Coema considerar a legalidade da [Coema] 02, estaremos prejudicando o setor em relação ao tempo de licenciamento, que passaria a ser responsabilidade do Ibama”, explica Carlos Alberto Mendes.
Por votação, os conselheiros decidiram, com 16 votos contrários, que a competência de licenciamento deve permanecer com a Semace.