Categórico, objetivo e extremamente direto. Assim foi o pré-candidato à presidência Ciro Gomes (PDT), em entrevista coletiva, na manhã desta quarta-feira, 15, antes da abertura do Encontro PDT Nordeste. O ex-governador do Ceará foi questionado sobre declaração do deputado federal José Guimarães (PT) de que “a aliança PT/PDT no Ceará está no limite” e que a sigla petista pode lançar candidatura própria se o nome escolhido pelo PDT não for o da governadora Izolda Cela (PDT).
Ciro respondeu “na bucha”: “que seja feliz”. A declaração dá o tom do partido em relação à disputa, marcada para outubro próximo, e deixa claro que o PDT não abrirá mão da sua autonomia na hora de escolher o nome do candidato para governador. Hoje, são pré-candidatos na disputa para representar o partido a então governadora Izolda Cela (reeleição); o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, deputado Evandro Leitão; e o deputado federal Mauro Filho.
O encontro, denominado “O PDT sabe fazer”, acontece em um hotel de Fortaleza e conta a presença do presidente nacional da sigla, Carlos Lupi.
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A expectativa é grande sobre um possível anúncio do candidato ao governo, já nesta quarta-feira, 15, apesar da prioridade do evento ser o fortalecimento da candidatura de Ciro Gomes à presidência da república.
Aliança
Nesta semana, em entrevista exclusiva ao colunista de política do OPINIÃO CE, Roberto Moreira, o ex-governador do Ceará, Camilo Santana (PT), desconversou sobre uma possível ruptura do bloco comandado por PT e PDT no Ceará. “Teremos até o dia 5 de agosto para consolidar isso [o bloco encabeçado pelos dois partidos], com muita maturidade e responsabilidade, sem pensarmos em projetos pessoais”, frisou o ex-chefe do Executivo estadual, em entrevista, em Quixeramobim na última segunda-feira, 13.
Questionado pela reportagem sobre até que ponto a política em nível nacional, com Ciro Gomes (PDT) e o ex-presidente Lula (PT) na disputa à presidência, pode influenciar no andamento dos entendimentos para a formação da chapa majoritária governista no Estado, Camilo destacou que a lógica colocada em 2018 deve se manter neste ano.
“Sempre discutimos que o projeto do Ceará está acima [do projeto nacional]. Como aconteceu em 2018. Haviam duas candidaturas [Haddad, pelo PT, e Ciro Gomes] e preservamos o projeto do Ceará, pelas conquistas que o Estado alcançou nos últimos anos na educação, na saúde, na capacidade fiscal, de investimentos. Considero que é fundamental que a gente preserve esse projeto.”