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28 de abril de 2025

Cinco estados têm abstenção acima da média nacional após operações da PRF

Alagoas e Maranhão, no Nordeste, estão na lista. Região foi a mais afetada pelas operações policiais durante o segundo turno
© Divulgação/PRF

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Cinco dos 10 estados com maior número de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) registradas no domingo, 30, dia de votação do segundo turno, tiveram também abstenção acima da média nacional. Alagoas (23,30%), Goiás (20,74%), Maranhão (23,44%), Mato Grosso do Sul (22,35%) e Pará (22,64%) registraram índices de abstenção acima do verificado em todo país, que foi de 20,57% no 2º turno das eleições 2022.

Dois desses estados (AL e MA) ficam na região Nordeste, a mais afetada pelas brlitze. Segundo informações do portal Uol, dos 619 fiscalizados, 295 (47,6%) estavam circulando na região que abriga 27% do eleitorado brasileiro.

Completam a lista dos dez entes federativos com mais abordagens a ônibus: Paraná (abstenção de 18,63%), Pernambuco (17,32%), Rio Grande do Norte (17,44%), Santa Catarina (17,42%) e Sergipe (18,89%). Contudo, estes tiveram índice de eleitores que deixaram de comparecer às urnas menor que a média nacional. O número de ônibus abordados pela PRF até o início da tarde de ontem foi mais do que o dobro do primeiro turno, quando 297 veículos foram parados. No Nordeste, a alta foi de 167%, já que a região teve 111 abordagens em 2 de outubro.

A operação da PRF desobedeceu decisão do ministro do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que proibiu ações da força policial relacionadas ao transporte público, gratuito ou não, disponibilizado a eleitores.

Segundo o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, as operações da PRF e da Polícia Federal buscavam coibir crimes eleitorais. As ações foram apontadas como forma de atrasar eleitores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que tentavam chegar aos locais de votação. Moraes convocou Silvinei Marques, diretor-geral da PRF, para prestar esclarecimentos sobre as ações ainda na tarde do domingo. Após a conversa, o ministro disse que nenhum eleitor havia tido o direito ao voto interferido pela fiscalização.

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