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5 de novembro de 2024

Cid reage à intervenção nacional no PDT-CE e convoca prefeitos e vereadores aliados

Cid anuncia reunião com vereadores, prefeitos e pré-candidatos do PDT, que também podem deixar no partido em meio à intervenção da Executiva Nacional
Cid Gomes e aliados se reúnem após intervenção no PDT.
Cid Gomes reunido a aliados após intervenção no PDT na última semana. Foto: Reprodução

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Cid Gomes tentou se desviar do tema PDT, quando questionado por jornalistas no Centro de Eventos do Ceará, durante a 26ª Conferência Nacional da Unale. No meio da tarde desta quinta-feira (09), na saída da mesa sobre sustentabilidade da qual participava, o senador saiu com uma de suas frases: “Tanto eu tento me dissociar dessa função de ator coadjuvante dessa novela mexicana que já se transformou essa coisa do PDT, mais vocês me questionam sobre isso”.

Poucas horas depois, na noite de quinta, o “coadjuvante” Cid Gomes deixou de lado a ironia e assumiu outros papéis na trama: o de protagonista e roteirista. O senador reuniu um pelotão de aliados, os mesmos que querem se movimentam para deixar o partido, para anunciar uma nova reunião.

“Vamos convidar todos para na terça-feira, dia 14, no Hotel Gran Marquise, ouvir deles suas preocupações e procurar sempre tomar decisões coletivas”, anunciou Cid. “Eles”, a quem o senador se refere, são vereadores e prefeitos do interior, além de possíveis candidatos filiados ao PDT que planejam disputar as eleições de 2024.

Cid afirmou que a orientação dada aos vereadores pedetistas aliados nos municípios é que solicitem nos órgãos municipais da sigla suas cartas de anuência. “Quer dizer que todos vão deixar o partido? Não necessariamente, o que queremos é ter a segurança na anuência”, explicou. O grupo de Cid Gomes conta hoje com mais de 50 prefeitos, que também poderiam deixar o partido sem embaraços com a justiça eleitoral.

A plano, explica Cid Gomes, é “demonstrar na justiça que estamos sendo alvo de uma perseguição e de uma discriminação da direção nacional do partido”. O caminho é semelhante ao tomado pelo deputado estadual Evandro Leitão, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece). Ele obteve a carta de anuência e, na justiça, comprovou perseguição partidária, conseguindo se desfiliar do PDT sem prejuízo para seu mandato.

O grupo de Cid Gomes já entrou na Justiça com uma ação pedindo nulidade do processo que destituiu a recém-eleita Executiva Estadual, comandada pelo senador. “Foi feito de forma completamente irregular e ilegal”, criticou Cid, que ainda afirmou que as investidas do PDT Nacional se não “sem justificativa”.

Procurada pela reportagem, a assessoria do deputado federal André Figueiredo não atendeu a reportagem.

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