O senador cearense Cid Gomes (PDT) participa, neste sábado, 2, do primeiro ato público de campanha para o irmão, Ciro Gomes (PDT), candidato à Presidência da República nas eleições deste ano. A divulgação da agenda foi feita por outro irmão, Ivo Gomes (PDT), prefeito de Sobral, município da região Norte e um dos principais colégios eleitorais do Ceará. “Cid em Sobral!! Sábado, 9 da manhã. Praça do São João. Adesivaço do CIRO 12. Reeeeeenha”, escreveu, em publicação nas redes sociais.
Nos últimos dias, os irmãos, Cid e Ivo, além da irmã, Lia Gomes, vinham publicando mensagens de apoio a Ciro. O mesmo, no entanto, não tem se repetido quanto ao cenário estadual, principalmente por parte de Cid, principal liderança política do PDT no Estado.
Nos últimos meses, Cid resolveu se distanciar da disputa política no Ceará, após divergências que acabaram no rompimento da aliança que já durava 16 anos entre PDT e PT no Ceará. Os pedetistas optaram por Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, para encabeçar a chapa ao Governo do Estado. Já os petistas, que apoiavam o nome da então governadora Izolda Cela – ex-PDT e, hoje, sem partido -, resolveram lançar candidatura própria, do deputado estadual licenciado, Elmano de Freitas (PT).
Senado
Considerado apoio estratégico, os aliados aguardam para saber o posicionamento de Cid nas eleições deste ano. Roberto Cláudio disse, em entrevista recente, que aguarda a volta do pedetista em um eventual segundo turno. Já Ivo Gomes chegou a colocar em xeque o apoio do irmão ao ex-gestor de Fortaleza. Publicamente, Cid ainda não deu sinais de quem e se irá apoiar alguém, mas, nesta semana, pediu licença por 121 dias do Senado para tratar de “interesse particular”.
Assume o posto o empresário Júlio Ventura (PDT), que irá tomar posse na próxima semana. Antes de se licenciar, Cid foi relator de autorizações de empréstimo externo ao Ceará no valor de US$ 141 milhões. Como adiantado pelo OPINIÃO CE, o valor poderá ser usado para os setores de tecnologia, turismo e saneamento com a garantia da União. “Com as contas do estado e dos municípios ordenadas, foi possível a aprovação”, destacou o senador, momentos após a aprovação.