O senador cearense e uma das principais lideranças do Ceará, Cid Gomes (PDT), não deve concorrer a cargos públicos após o fim de seu mandato no Senado Federal, em 2026. Ele foi eleito em 2018 como o senador mais votado da história do Estado. O pedetista afirma, no entanto, que não sairá da política. A declaração foi dada em depoimento elaborado pelo Governo do Estado para a entrega da Medalha da Abolição, maior honraria do Ceará. A homenagem foi entregue a Cid Gomes e outras oito personalidades de destaque na última sexta-feira (25).
“O Ceará já conquistou uma maturidade em que sou apenas uma peça pequena. O povo cearense, nas suas opções e definições na política, e no dia a dia, conseguiu há um bom tempo distinguir o que é tarefa de um governo eventual do que são estratégias para o estado do Ceará. Política pública só vale se for replicável e universalizável, se chegar a todos”, destacou o senador ao documentáio.
Cid é apontado como um dos principais responsáveis pela parceria governista à frente do Estado desde seus dois mandatos como governador do Estado, entre 2007 e 2014. Após isso, apoiou o governador Camilo Santana (PT), que deu continuidade à gestão marcada pelo equilíbrio fiscal e potencial em investimentos públicos. Camilo deixa o governo nesta semana, após conquistar a reeleição, para tentar uma vaga no Senado Federal. Assim como Cid, o petista frisa a continuidade das parcerias.
“Referência”
Durante entrega da Medalha da Abolição ao senador, na última sexta-feira, Camilo se emocionou: “Cid Gomes é uma referência não só para quem venha a sentar na cadeira de governador do Estado, mas para todos que têm o privilégio de servir ao Ceará. Muitos dos frutos que temos colhido nos últimos anos não seriam possíveis sem que Cid tivesse traçado os caminhos quando tão brilhantemente governou o Ceará por duas vezes”, afirmou o mandatário.
A honraria, como declarou o pedetista em depoimento produzido pelo Governo do Estado, reforça seu compromisso com os cearenses. “Me sinto muito honrado e isso só aumenta a minha responsabilidade. Já tenho uma definição pacífica na minha vida de que não serei mais candidato. Isso não quer dizer que irei abandonar a política. Vou ficar até o último dia da minha vida. Enquanto eu tiver força, disposição, consciência, vou trabalhar para que a gente siga sempre num caminho de liberdade, igualdade e fraternidade”, frisou.