Até então ocupando vaga no lugar do senador Tasso Jereissati (PSDB), Chiquinho Feitosa (DEM) se despediu, nesta semana, e fez acenos ao governador Camilo Santana (PT) e ao senador Cid Gomes (PDT) durante discurso de despedida. Tasso tirou licença do cargo em 15 de outubro do último ano para se dedicar à campanha de Eduardo Leite, que deve ingressar no PSD para a disputa das eleições de outubro próximo. Com a saída de Chiquinho, o tucano volta à Casa em março.
Em sessão plenária no último dia 22, Chiquinho agradeceu a oportunidade e citou diretamente o governador Camilo Santana (PT), ao qual se referiu como “amigo particular”. “Durante esse período, tive o apoio do governador Camilo Santana, meu amigo particular, em todos os momentos. Junto à bancada federal, a quem faço uma menção especial ao meu também amigo, senador Cid Gomes, atuamos em defesa de melhorias para os cearenses”, frisou.
Ao assumir a cadeira de Tasso, em 3 de novembro último, Chiquinho mostrou força ao receber nomes importantes da política estadual, como o governador Camilo Santana, o senador Cid Gomes e o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT).
Projeção política
Chiquinho é um dos nomes na disputa pelo controle do União Brasil no Ceará, sigla que nasce como a maior bancada federal e sozinha, um sexto do tempo de televisão. Nas últimas semanas, no entanto, o líder da oposição no Ceará, o deputado federal Capitão Wagner (Pros), ganhou mais espaço dentro do bloco e já até convida aliados para se filiar ao partido, o que pode acontecer a partir da próxima semana, com a abertura da janela partidária. Internamente, Wagner informou à reportagem que a decisão já está “pacificada”.
O OPINIÃO CE apurou que, caso não fique no União Brasil, Chiquinho Feitosa, ex-presidente estadual do DEM, que se fundiu ao PSL para composição na nova agremiação, pode ir para o PSDB e tentar uma vaga na Câmara Federal. Em seu último pronunciamento no Senado, a liderança sinalizou suas intenções. “Ao longo da minha vida tenho cultivado um amor pelo Ceará, que me impulsiona cada vez mais a trabalhar pelo nosso Estado. Colaborando de forma significativa com aquela gente batalhadora e que busca, dia a dia, um futuro mais promissor”.
“Uma honra que me deixa com vontade de fazer ainda mais. Na vida, sou região por algumas verdades. Uma delas diz que quem agradece sempre alcança. Concluo agradecendo a todos que contribuíram com esse momento”.
Atuação no Senado Federal
Ao longo de sua fala aos senadores, Chiquinho listou momentos marcantes de sua atuação ao longo dos quase 120 dias na Casa. “O desafio era grande, mas tinha a convicção que estava preparado para a missão. […] Participei da Comissão de Assuntos Econômicos e da Comissão de Constituição e Justiça. Na CCJ, fui relator do PL que facilita a localização de doadores de medula óssea e que, ao final de sua tramitação, dará origem à Lei Cristiana Lôbo”, disse, pedindo para que os colegas dessem continuidade a tramitação da matéria.