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11 de setembro de 2024

Chegou o momento do PDT definir seu time e o Ceará conhecer o último candidato ao governo

Confira a coluna do dia de Roberto Moreira.

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Nesta segunda-feira, às 17 horas, o PDT reúne seu diretório estadual para escolher o candidato ao governo, se nenhum fato novo surgir. Na política, tudo pode acontecer ou nada. É assim, quando as partes não querem. A título de hoje, o PDT terá uma aliança com menos partidos, mas com discurso forte. A sigla tem candidato a presidente da República e a governos, em todos os estados, isolado ou coligado.

Em 2014, nesse período, o governador Cid Gomes surpreendeu o mundo político, ao anunciar o nome do deputado Camilo Santana como candidato ao governo e seu sucessor. Ganhou a revolta de Eunicio, Zezinho, Domingos Filho e Mauro Filho. Ao mesmo tempo que apresentou Camilo, criou na aliança uma briga com uma ala do PT, que permanece. Os petistas não queriam mais seguir ao lado de Cid, por conta da derrota em Fortaleza, onde Cid elegeu Roberto Cláudio, derrotando Elmano de Freitas e Luizianne Lins.

O cenário atual é o inverso. Cid não lançou um nome, optou por quatro pré-candidatos com a missão de participarem dos encontros regionais, viajar o Ceará, ouvindo a sociedade, conceder entrevistas para se tornarem conhecidos e, por último, lançando uma pesquisa que definiria o mais popular. Foram sete meses de agitação política na capital e no sertão, mas a meta não foi atingida. O PT criou dificuldades, ao impor o nome da governadora Izolda Cela. O ambiente saiu do campo interno do PDT e o jogo político se tornou complicado, contaminando outros partidos. A sucessão estadual virou dramalhão.

Os últimos lances do jogo entre PT e PDT se deram na Expocrato. Roberto Cláudio, com seus apoios de um lado do campo, e Izolda, com o PT do outro. Ficou clara a divisão, com exposição pública.

No crepúsculo desta segunda-feira, 18, o PDT irá tentar clarear o campo para uma retomada. A escolha do candidato será através do voto do colegiado, última instância do partido. Os desdobramentos serão vistos até 4 de agosto, dia do encerramento das convenções e registros de atas, oficializando coligações ou consolidando divórcios políticos.

Bolsonaro só cita Wagner

Sem pré-candidato ao governo, o PL do Ceará conspira para não ter nenhum pretendente e apoiar a candidatura do Capitão Wagner, do União Brasil. Acilon Gonçalves e Bolsonaro conversaram na passagem do presidente por Fortaleza. O presidente estadual da sigla vai à Brasília, resolver a participação do PL, que pode indicar o vice ou o senador. O PTB quer entrar na aliança, indicando o Pastor Paixão ao Senado.

O que será do PT?

O PT está construindo um palanque para o ex-presidente Lula no Ceará. Tentou tirar Ciro do palanque cearense. Não conseguiu. Terá que lançar candidato ao governo e Senado, enfrentando o PDT. Teremos uma eleição disputada, se o cenário permanecer assim até 4 de agosto.

E o PSDB?

O partido de Tasso Jereissati poderá ser o grande beneficiado, se confirmado o rompimento entre PT e PDT. O senador recebeu a visita de Camilo e de Roberto Cláudio. Os tucanos querem a suplência para Chiquinho Feitosa, que saiu da disputa para a Câmara Federal.

Romeu Aldiguere e a Fake News

O deputado Romeu Aldiguere, PDT, postou no seu que Instagram uma foto ao lado de Cid Gomes feita em fevereiro como se fosse recente. Exibiu um prestígio que até pode ter. Escreveu um texto elogioso. Era fake News.

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