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14 de janeiro de 2025

Cearenses narram a experiência de estar no GP de F1 do último domingo

Na ânsia de assistir a um GP da F1 no Brasil, cearenses se organizaram para ir a São Paulo, como Zeca Martins e Lucas Andrade, a fim de conferir a corrida de perto pela primeira vez. Ambos contam que acompanham o esporte desde criança
Foto: Zeca Martins no GP do último domingo, 13 (Foto: Arquivo Pessoal)

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O britânico George Russell conquistou a primeira vitória da carreira como piloto da Fórmula 1 depois de uma pilotagem limpa e tranquila no GP de São Paulo, um dos mais tradicionais do mundo. Aos 24 anos, e na sua primeira temporada como piloto da Mercedes, o jovem, que dirige karts desde os oito anos, emocionou os espectadores ao protagonizar uma das corridas mais intensas do circuito.

Na ânsia de assistir a um GP da F1 no Brasil, cearenses se organizaram para ir a São Paulo, como Zeca Martins e Lucas Andrade, a fim de conferir a corrida de perto pela primeira vez. Ambos, que foram juntos ao evento, contam que acompanham o esporte desde criança. “Cheguei a ver algumas corridas do Ayrton Senna. Desde então, nunca deixei de curtir durante todos esses anos corridas de Schumacher, Vettel, Alonso, Hamilton, Massa e Rubinho”, rememora Lucas.

O gerente de vendas afirma que a experiência de viver um GP é inexplicável e ver de perto os grandes pilotos e a pista onde correu Ayrton Senna tornou tudo ainda mais especial. “Chegando lá, todo o investimento vale. Ver os pilotos e equipes que acompanhamos nos domingos de race week passando a poucos metros é incrível. É muito emocionante quando cai a ficha.”

Lucas emenda que, quando acabou a corrida, a organização abriu os acessos à pista. “Pudemos andar na reta principal e ver o busto que fizeram em homenagem ao Ayrton e o mural pintado na torre da direção da prova.” Zeca também narra uma experiência de felicidade. “Acompanho desde a época de Senna. Dei uma parada, mas voltei há quatro, cinco anos. É muito legal porque traz uma memoria afetiva grande da infância.”

O fato de a atual temporada da competição ter um vencedor [Max Verstappen], contudo, não afasta do servidor público a admiração por Lewis Hamilton, homenageado pela Câmara dos Deputados no início deste mês, com o título de cidadão brasileiro.

“O fato de Hamilton ser um admirador de Senna já gera uma identificação conosco, brasileiros. e Hamilton defende o homem preto, combate o racismo, a LGBTFOBIA.” Lucas conta que estava torcendo para Hamilton, mas, apesar do segundo lugar do inglês, foi uma das melhores corridas que o cearense assistiu no ano.

“A corrida foi muito intensa. Do meu ponto de vista foram as melhores corridas do ano tanto a sprint quanto a principal. Não tínhamos como saber quem ganharia antes do início da prova pois tudo podia acontecer, e aconteceu!”

A CORRIDA

Russell largou na pole, fez uma largada tecnicamente impecável, cravou a melhor volta do circuito e se manteve na frente durante toda a prova para vencer a penúltima etapa da temporada. Para completar o dia especial no qual o piloto viu a bandeira quadriculada pela primeira vez, ele também viu o companheiro de equipe Lewis Hamilton pelo retrovisor, em segundo, fazendo com ele uma inesperada dobradinha da Mercedes no Brasil.

O piloto da Ferrari, Carlos Sainz completou o pódio em terceiro. A dupla da Mercedes foi beneficiada pelo próprio talento e pela imperícia dos principais concorrentes no começo da prova. Max Verstappen (Red Bull), o atual e antecipado campeão, se chocou com Hamilton no começo da corrida e provocou a raiva da torcida brasileira, que esteve ao lado do inglês durante todo o sprint.

O holandês foi aos boxes e acabou punido em cinco segundos, perdendo as chances de brigar pela liderança. Pouco depois, Charles Leclerc (Ferrari) foi atingido por Lando Norris (McLaren), bateu nos pneus e também ficou fora da disputa no pelotão principal. Fernando Alonso (Alpine) fez uma prova de recuperação digna de campeão mundial e acabou na 5ª posição.

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