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7 de dezembro de 2024

Ceará tem sétimo crescimento seguido de empregos formais em 2022

Dados mais atuais do Caged, de agosto, apontam que números foram puxados pelo setor de serviço, que se destacou em todo Brasil. Fortaleza, no entanto, teve baixo fluxo no mesmo mês
Foto: NATINHO RODRIGUES EM 07/2022

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O Ceará gerou 8.713 empregos com carteira assinada em agosto, segundo os dados mais atuais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número é resultado de 50.815 admissões frente a 42.102 demissões. Este é o sétimo mês seguido de crescimento.

Do total de vagas geradas no período, 3.005 vieram do setor de serviços. Na sequência aparecem indústria (2.430), comércio (1.456), agricultura (1.287) e construção (535). No acumulado de 2022, de janeiro a agosto, o Ceará criou 49.354 vagas de emprego, fruto de 368.548 admissões. Foram 319.194 desligamentos.

Na avaliação do economista Eldair Melo, o crescimento é puxado pelo setor de serviço que vem incidindo sobre o PIB no Estado há meses. “Setores de informação, alojamento e comunicação, atividades financeiras e turismo foram os que mais contribuíram para esse incremento. E pode estar relacionado à política de combate à covid-19 realizada em 2020 e 2021”, elucida o também conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE).

O crescimento por conta da retomada econômica é defendido também pelo economista e professor Ricardo Coimbra. Segundo o docente, o registro contínuo do crescimento de empregos tem a ver com um ciclo “espacial” da retomada não só na Capital, mas também no Interior.

“Nos últimos dias, por exemplo, nota-se um crescimento mais espalhado, ou seja, outros setores de atividade estão retomando suas atividades de forma mais efetiva, principalmente nos grandes eixos que são serviços e turismo. É interessante observar que o aumento do emprego não é concentrado só em Fortaleza, mas também em outros municípios. O ritmo de Fortaleza passa a ser menor, aliás.”

Ainda segundo Coimbra, o crescimento de emprego no Ceará vem ficando acima do nacional, e a expectativa é de que o ritmo continue nos próximos ciclos.

EM FORTALEZA
Em Fortaleza, no entanto, o número é baixo para o mês de agosto. A Capital saiu com saldo positivo de 1.741 pessoas empregadas, sendo 26.032 admissões e 24.291 desligamentos, de acordo com os dados da plataforma do Caged. O setor de serviços foi o que teve o maior número de admissões com 977 contratações.

No acumulado de 2022, o saldo entre contratações e desligamentos no mercado de trabalho cearense ficou positivo em 49.354 empregos, dado o maior número de contrações que de demissões. O resultado é o segundo melhor do Nordeste, atrás somente do saldo da Bahia (108.190).

No Ceará, o nível do emprego formal atingiu o total 1.241.059 empregos com carteira assinada, de janeiro até o final de agosto, e, em termos setoriais, mesmo todos registrando saldos positivos, o resultado decorreu especialmente do maior volume de oportunidades de trabalho geradas nos serviços, com 3.005 empregos, seguido pela indústria (2.430), comércio (1.456) e agropecuária (1.287).

O BRASIL
O Brasil gerou, em agosto, 278.639 postos de trabalho, resultado de 2.051.800 admissões. Foram 1.773.161 demissões. No acumulado de 2022, o saldo é de 1.853.298 novos trabalhadores no mercado formal. O estoque de empregos formais no país, que representa a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.531.653 em agosto, o que representa um aumento de 0,66% em relação ao mês anterior.

Em nível nacional, o setor de serviços se destacou com a criação de 141.113 postos principalmente para as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Na sequência aparem indústria (52.760 novos postos); comércio, com saldo de 41.886 postos; construção, mais 35.156 vagas geradas; e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que criou 7.724 novos empregos.

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