O Ceará gerou 8.713 empregos com carteira assinada em agosto, segundo os dados mais atuais do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O número é resultado de 50.815 admissões frente a 42.102 demissões. Este é o sétimo mês seguido de crescimento.
Do total de vagas geradas no período, 3.005 vieram do setor de serviços. Na sequência aparecem indústria (2.430), comércio (1.456), agricultura (1.287) e construção (535). No acumulado de 2022, de janeiro a agosto, o Ceará criou 49.354 vagas de emprego, fruto de 368.548 admissões. Foram 319.194 desligamentos.
Na avaliação do economista Eldair Melo, o crescimento é puxado pelo setor de serviço que vem incidindo sobre o PIB no Estado há meses. “Setores de informação, alojamento e comunicação, atividades financeiras e turismo foram os que mais contribuíram para esse incremento. E pode estar relacionado à política de combate à covid-19 realizada em 2020 e 2021”, elucida o também conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE).
O crescimento por conta da retomada econômica é defendido também pelo economista e professor Ricardo Coimbra. Segundo o docente, o registro contínuo do crescimento de empregos tem a ver com um ciclo “espacial” da retomada não só na Capital, mas também no Interior.
“Nos últimos dias, por exemplo, nota-se um crescimento mais espalhado, ou seja, outros setores de atividade estão retomando suas atividades de forma mais efetiva, principalmente nos grandes eixos que são serviços e turismo. É interessante observar que o aumento do emprego não é concentrado só em Fortaleza, mas também em outros municípios. O ritmo de Fortaleza passa a ser menor, aliás.”
Ainda segundo Coimbra, o crescimento de emprego no Ceará vem ficando acima do nacional, e a expectativa é de que o ritmo continue nos próximos ciclos.
EM FORTALEZA
Em Fortaleza, no entanto, o número é baixo para o mês de agosto. A Capital saiu com saldo positivo de 1.741 pessoas empregadas, sendo 26.032 admissões e 24.291 desligamentos, de acordo com os dados da plataforma do Caged. O setor de serviços foi o que teve o maior número de admissões com 977 contratações.
No acumulado de 2022, o saldo entre contratações e desligamentos no mercado de trabalho cearense ficou positivo em 49.354 empregos, dado o maior número de contrações que de demissões. O resultado é o segundo melhor do Nordeste, atrás somente do saldo da Bahia (108.190).
No Ceará, o nível do emprego formal atingiu o total 1.241.059 empregos com carteira assinada, de janeiro até o final de agosto, e, em termos setoriais, mesmo todos registrando saldos positivos, o resultado decorreu especialmente do maior volume de oportunidades de trabalho geradas nos serviços, com 3.005 empregos, seguido pela indústria (2.430), comércio (1.456) e agropecuária (1.287).
O BRASIL
O Brasil gerou, em agosto, 278.639 postos de trabalho, resultado de 2.051.800 admissões. Foram 1.773.161 demissões. No acumulado de 2022, o saldo é de 1.853.298 novos trabalhadores no mercado formal. O estoque de empregos formais no país, que representa a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.531.653 em agosto, o que representa um aumento de 0,66% em relação ao mês anterior.
Em nível nacional, o setor de serviços se destacou com a criação de 141.113 postos principalmente para as atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas. Na sequência aparem indústria (52.760 novos postos); comércio, com saldo de 41.886 postos; construção, mais 35.156 vagas geradas; e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, que criou 7.724 novos empregos.