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13 de novembro de 2024

Ceará tem hoje quase 3 vezes o número de açudes sangrando em abril de 2021

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Atualmente, são 33 açudes sangrando e oito açudes acima de 90%, o que garante 2022 como um dos melhores anos de aporte hídrico da última década

Redação OPINIÃO CE
redacao@opiniaoce.com.br

Dados são da Cogerh, que monitora açudes do Ceará (Foto: Divulgação)

A quantidade de reservatórios sangrando no Ceará neste ano é mais que o dobro do mesmo período no ano anterior. Atualmente, são 33 açudes sangrando e oito açudes acima de 90%, o que garante o ano de 2022 como um dos melhores anos de aporte hídrico da última década. No mesmo período de 2021, apenas 12 açudes estavam sangrando.

Ao todo, os 155 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) acumulam 34,6% de volume, a melhor reserva hídrica desde setembro de 2013. Em junho de 2020, o volume chegou a 34,51%. Os dados acima são da Cogerh. O secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, afirma que o mês de março apresentou chuvas acima da média, principalmente da região do Cariri, o que melhorou o nível do Açude Castanhão, o maior açude da América Latina.

“Nós temos a situação de abastecimento hídrico garantida e com as chuvas até o fim de maio essa situação pode ficar ainda mais confortável.” O secretário acrescenta que, apesar do índice hídrico atingir bons números, é importante destacar que a situação ainda precisa de cuidados.

“Algumas regiões do nosso estado, como o Sertão Central/Banabuiú, não tiveram bons aportes. A Bacia do Banabuiú se encontra com apenas 8%. A gestão hídrica do Ceará, por meio do Grupo de Contingência, segue monitorando e definindo ações para que todas as regiões fiquem seguras.”

RESERVATÓRIOS
O Açude Orós é o que possui o melhor volume dos três maiores do Estado. Atualmente, seu índice é de 46,21%, o melhor desde 28 de setembro de 2014. O Castanhão, com 19,61% de volume, ainda não possui garantia para o abastecimento de todos os seus usos. “Por outro lado, melhoramos muito a garantia para o abastecimento humano da Região Metropolitana de Fortaleza”, diz Teixeira.

O reservatório atingiu a melhor marca desde 17 de julho de 2015, sendo, inclusive, o que ganhou maior recarga nesta quadra chuvosa, com mais de 600 milhões de m³ aportados. Já o Banabuiú, terceiro maior açude do Ceará, apresenta cenário mais delicado.

 

 

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