A Secretaria da Saúde (Sesa) do Ceará confirmou, neste domingo, 3, mais um caso de varíola dos macacos no Estado. Trata-se de um homem de 43 anos morador do município de Russas, no interior. Conforme a Pasta, ele está em isolamento. O diagnóstico saiu no sábado, 2, três dias após a primeira confirmação, de um homem de 35 anos, morador de Fortaleza que esteve no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Outros oito casos suspeitos seguem em investigação no Estado, a maioria na Capital cearense: Fortaleza (6), Juazeiro do Norte (1) e Guaramiranga (1).
“Em todas as notificações foram aplicadas as medidas recomendadas, como isolamento, busca ativa de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento”, pontua a Sesa.
Transmissão
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada e com lesões de pele. O contato pode ser por abraço, beijo, massagens ou relações sexuais. A doença também é transmitida por secreções respiratórias e pelo contato com objetos, tecidos (roupas, roupas de cama ou toalhas) e superfícies utilizadas pelo doente. Ainda não há tratamento específico, mas os quadros clínicos costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões.
O maior risco de agravamento acontece, em geral, para pessoas imunossuprimidas com HIV/AIDS, leucemia, linfoma, metástase, transplantados, pessoas com doenças autoimunes, gestantes, lactantes e crianças com menos de 8 anos de idade. Os primeiros sintomas podem ser febre, dor de cabeça, dores musculares e nas costas, linfonodos inchados, calafrios ou cansaço. De um a três dias após o início dos sintomas, as pessoas desenvolvem lesões de pele, geralmente na boca, pés, peito, rosto e ou regiões genitais.
Para a prevenção, deve-se evitar o contato próximo com a pessoa doente até que todas as feridas tenham cicatrizado, assim como com qualquer material que tenha sido usado pelo infectado. Também é importante a higienização das mãos, lavando-as com água e sabão ou utilizando álcool gel.