O Programa Ceará Sem Fome, uma das principais ações do Governo de Elmano de Freitas (PT) neste seu primeiro mandato à frente do Palácio da Abolição, vai contar com a ampliação do número de beneficiados no recebimento de refeições gratuitas em 30% a partir de um edital a ser lançado no mês de julho. Atualmente, cerca de 100 mil pessoas recebem o benefício por dia. A primeira-dama e presidente do Comitê Intersetorial de Governança do Ceará Sem Fome, Lia de Freitas, concedeu entrevista ao podcast Questão de Opinião, do OPINIÃO CE, nesta terça-feira (11), ocasião em que falou sobre o assunto. Ainda segundo ela, a porcentagem representa o limite permitido pela Legislação para a ampliação do número de beneficiados.
A entrega de cerca de 30 mil refeições diárias a serem incluídas no programa será feita por novas cozinhas comunitárias ainda a serem cadastradas. Confira a entrevista completa no canal do YouTube do OPINIÃO CE.
Segundo Lia, a realização do Ceará Sem Fome foi possível por conta do trabalho do Executivo que, desde a transição do Governo Izolda, vem pensando como poderia ser realizada a ação. “Ainda na transição, em 2022, pudemos pensar em uma ação imediata para quem continua em insegurança alimentar grave. Por isso conseguimos implementar uma política tão importante a partir de recursos próprios do tesouro do estado, que são do ICMS, que nós aqui arrecadamos”.
Como explicou a primeira-dama, o programa é uma política “transversal” que reúne “todas as políticas de combate à fome que o estado já vinha realizando”. “Como na Secretaria de Proteção Social [SPS], com a distribuição do cartão mais infância para 150 mil famílias, de R$ 100 para cada, que complementa como prioridade o complemento de refeições, entrega de vale-gás, programa Mais Nutrição, que faz, junto aos permissionários na Ceasa [Centrais de Abastecimento do Ceará], tanto de Maracanaú, como do Cariri e Tianguá, o aproveitamento de verduras e frutas para formar sopas com legumes desidratados, doados para crianças carentes aqui no Estado”.
“Todas essas ações de complementação de alimentação ainda foram identificadas pelo Instituto de Pesquisas e Estratégia Econômica [Ipece] em uma necessidade de complementar imediatamente a refeição de algumas pessoas. Pessoas em situação de rua, pessoas que estavam ainda sem registro civil, ou pessoas no pós-pandemia que tinham desconstituído um negócio ou estavam mesmo desempregados em situação de vulnerabilidade no nosso Estado”, disse Lia.
O Ceará Sem Fome é dividido em quatro eixos: Acesso à Alimentação Saudável; Promoção da Produção de Alimentos; Qualificação, Empregabilidade e Geração de Renda; e Governança do Programa Ceará Sem Fome. De acordo com Lia, o Comitê foi dividido em grupos, com planejamento de ações e metas para serem cumpridas ainda no primeiro mandato de Elmano. “De suma importância para a gente poder trazer todas as ações específicas, para que de um olhar geral, macro, a gente possa fazer uma ação concreta na vida dessas pessoas”.
O Comitê Intersetorial de Governança do Programa Ceará Sem Fome, com presidência de Lia e vice-presidência da secretária estadual de Proteção Social, Onélia Santana (com suplência de Caio Garcia Correia Sá Cavalcanti), foi definido com a presença de 15 nomes do Governo.
