Voltar ao topo

12 de setembro de 2024

Ceará registra redução de 30% da área plantada de caju entre 2008 e 2020

O caju é um daqueles alimentos com sabor de tradição, com identidade cearense
Foto: Divulgação/Embrapa

Compartilhar:

A área plantada de caju no Ceará está diminuindo. De 2008 a 2020, a redução foi de 30,2%, passando de 386,7 mil hectares para 269,9 mil ha. Os números preocupam. Principalmente porque se referem a uma cultura tradicional, líder de pauta e com histórico singular de produtividade e venda. O caju é um daqueles alimentos com sabor de tradição, com identidade cearense. Segundo a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), há uma soma de fatores que levaram ao declínio da atividade, mas o principal motivo foi a falta de investimento em tecnologia.

A Faec pretende priorizar a retomada da cajucultura. O plano de ação já está traçado e conta com um grande parceiro: a Embrapa Agroindústria Tropical, responsável pelo desenvolvimento do cajueiro anão precoce, espécie que oferece maior produtividade por hectare. Serão eleitos cinco municípios para implantar projetos-piloto voltados para o desenvolvimento de novas variedades de cajueiro anão precoce.

Outra medida é a criação de um grupo de trabalho formado por técnicos, produtores rurais, industriais e instituições que atuam no setor. Uma grande força tarefa unindo o melhor dos dois mundos, ou seja, assistência técnica de ponta e impulsionamento do mercado. As vendas precisam estar no foco.

Até o produto nobre do caju, a castanha, foi impactado. Também de 2008 a 2020, a produção total de castanha recuou 29,6%, passando de 121,0 mil toneladas para 85,1 mil, segundo dados do IBGE. As exportações caíram pela metade. A retomada da cajucultura é urgente e possível. Temos tradição, terra em quantidade e qualidade, além de interesse coletivo. Resta somar à lista, modernização produtiva e uso inteligente das ferramentas tecnológicas. O resultado será, certamente, o melhor.

[ Mais notícias ]