De acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados no terceiro trimestre de 2022, o Ceará possui uma taxa de desemprego de 8,6%, ocupando a 12° colocação no país e o primeiro lugar no Nordeste. Segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), o número de pessoas empregadas no Ceará atingiu aproximadamente 3,6 milhões de pessoas neste período no ano passado.
A taxa de desocupados é estimada em 343 mil pessoas, 69 mil a menos do que no trimestre anterior. Seguido do Estado, estão Piauí (9,2%), Maranhão(9,7%) e Alagoas (10,1%). Na tabela nacional, Pernambuco ocupa a penúltima colocação, com uma taxa de desemprego de 13,9%. Já a Bahia ocupa a última, com 15,1%. O estado do Brasil melhor colocado é o de Mato Grosso, com 3,8%, seguido de Santa Catarina, também com 3,8% e de Rondônia, com 3,9%. São Paulo tem taxa de 8,6%, ocupando a 12° colocação.
O Rio de Janeiro está na 25°, com 12,3%. Daniel Suliano, analista de Políticas Públicas do Ipece, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) destaca que a recuperação do mercado de trabalho cearense vem ocorrendo principalmente entre os trabalhadores formais. Quando comparado ao terceiro trimestre de 2021, o crescimento dos ocupados ocorreu apenas dentro desse grupo (202 mil).
Atualmente, os ocupados formais representam 1,8 milhões. Já a taxa composta de subutilização da força de trabalho, desde a máxima de 39% no primeiro trimestre de 2021, caiu, alcançando 27,5% no terceiro trimestre de 2022, uma redução de 6,8 pontos percentuais comparado ao mesmo trimestre do ano anterior.
Após a máxima de 13,8% no segundo trimestre de 2021, o percentual de subocupados declinou após a crise que atingiu o mercado de trabalho por conta da crise sanitária a partir do segundo trimestre de 2020 por conta da pandemia. O analista explica que, no segundo trimestre de 2022, a taxa dos subocupados por insuficiência de horas atingiu 9,7%, valor igual ao do primeiro trimestre de 2020, período pré-pandêmico.
Já no terceiro trimestre de 2022, ela voltou a se elevar alcançando 10%, mas com redução de 2,8 pontos percentuais em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. De acordo com o estudo, a crise sanitária elevou a taxa de desemprego cearense ao longo de 2020, chegando a máxima histórica de 15,1% no primeiro e segundo trimestre de 2021. Com a abertura gradual das principais atividades econômicas, a partir do terceiro trimestre do referido ano, o desemprego tem recuado no Estado.
No terceiro e no quarto trimestre de 2021 a desocupação do Estado do Ceará recuou, atingindo as taxas de 12,4% e 11,1%, respectivamente. No primeiro trimestre de 2022, mesmo diante da sazonalidade, a taxa caiu, alcançando 11%. No segundo trimestre do ano passado, o desemprego chegou à taxa de 10,4%.
No terceiro trimestre de 2022, a taxa de desocupação cearense alcançou 8,6%, o que representa uma queda de 3,8 pontos percentuais com relação ao mesmo trimestre em 2021 e 1,8 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre do ano passado. Maia Júnior, secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), afirma que a taxa é resultado do esforço conjunto das secretarias ao longo de quatro anos.
“Quebramos uma sequência de desemprego na casa de dois dígitos e alcançamos uma taxa de desocupação menor que a do Brasil e a melhor taxa do Nordeste, distante de estados bem mais competitivos, como Pernambuco e Bahia”.
Os setores da agricultura (criação de 41 mil postos de trabalho), indústria (29 mil) e informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (27 mil) foram os que tiveram a maior quantidade de ofertas de trabalho no Ceará no terceiro trimestre de 2022. Questionada, a Sedet não respondeu, até o momento da produção deste conteúdo, quais medidas serão tomadas neste ano, na nova gestão do Governo do Ceará, para que as taxas de desemprego continuem declinando no Estado.