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24 de março de 2025

Ceará recebe 45 mil unidades de novo medicamento eficaz no tratamento do HIV

Combinação de dois antirretrovirais em um único comprimido deve ser indicada aos pacientes de forma gradual. Em todo o Brasil, foram distribuídas 5,6 milhões de unidades
Foto: Getty Images via BBC/ Arquivo

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O Ceará recebeu 45 mil unidades de uma combinação inédita de dois medicamentos eficazes para pacientes com HIV ou aids, no caso, os antirretrovirais dolutegravir 50 miligramas (mg) + lamivudina 300mg em um único comprimido. A distribuição das primeiras unidades foi concluída pelo Ministério da Saúde (MS). No total, foram distribuídas 5,6 milhões de unidades do medicamento.

Antes, o tratamento do HIV envolvia exclusivamente combinações de vários medicamentos de diferentes classes para suprimir efetivamente o vírus e retardar a progressão da doença. Com o novo remédio, os usuários ganham a possibilidade de utilizar um tratamento com uma única dose diária.

A migração de uso da terapia com dois comprimidos para apenas um deve acontecer de forma gradual e contínua, obedecendo aos seguintes critérios: ter idade igual ou superior a 50 anos; adesão regular; carga viral menor que 50 cópias no último exame; ter iniciado a terapia dupla até 30 de novembro de 2023.

Os critérios para ampliar o público contemplado no novo modelo de tratamento poderão ser revistos em seis meses, observando, por exemplo, a tendência de crescimento das prescrições e a disponibilidade do medicamento em estoque na rede.

O dolutegravir 50 mg + lamivudina 300 mg é fruto de uma aliança estratégia, assinada entre Farmanguinhos/Fiocruz e as empresas farmacêuticas ViiV Healthcare Company e GlaxoSmithKline. As orientações sobre o uso da terapia e de preenchimento do formulário de dispensação de antirretrovirais estão disponíveis em nota técnica no site do Ministério da Saúde.

A distribuição da combinação de medicamentos é parte da estratégia prioritária da pasta para eliminar o HIV e a aids como problemas de saúde pública. Em 2023, a pasta ultrapassou o valor de R$ 1,8 bilhão investidos em medicamentos contra o vírus.

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