O Plano Setorial de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, chamado de ABC+, foi discutido nesta quarta-feira, 3, entre a Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA) e Secretaria do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), que coordena a iniciativa no Estado. Realizada entre 2010 e 2020, a primeira etapa do Plano foi coordenada na SAD pelo engenheiro agrônomo e ex-coordenador da Codaf/SDA, Marcus Vinícius Assunção. Agora, a nova etapa do ABC+ será gerida pela Sema.
“Iniciamos o diálogo de inter-relação da SDA para o plano, que deverá ser lançado dia 5 de junho”, afirmou Marcos Vinícios.
Com tecnologias de produção sustentável, o Plano tem a meta de reduzir a emissão de carbono equivalente em 1,1 bilhão de toneladas no setor agropecuário brasileiro até 2030. O valor é sete vezes maior do que o plano definiu em sua primeira etapa. As metas e tecnologias do Plano ABC+ 2020-2030 foram divulgadas em 2021 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“As projeções de sequestro de CO2 ainda não foram feitas [para o Ceará]. Algumas metas estabelecidas possibilitarão a recuperação dos agroecossistemas cearenses, mas tão importante quanto as reduções, serão as estratégias usadas para melhorar a resiliência dos sistemas agrícolas e a qualidade dos agricultores”, disse Gabriel Nóbrega ao OPINIÃO CE. Ele é agrônomo, professor da UFC e integrante do Programa Cientista Chefe Meio Ambiente.
PLANO ABC+
O Plano ABC é uma política pública composta de um conjunto de ações que visam promover a ampliação da adoção de algumas tecnologias sustentáveis com alto potencial de mitigação das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e combate ao Aquecimento Global, no setor agropecuário. É composto por sete programas, seis deles referentes às tecnologias de mitigação, e ainda um último programa com ações de adaptação às mudanças climáticas: Recuperação de Pastagens Degradadas; Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Sistemas Agroflorestais (SAFs); Sistema Plantio Direto (SPD); Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN); Florestas Plantadas; Tratamento de Dejetos Animais; e Adaptação às Mudanças Climáticas.
