O Ceará registrou 5,6 mil novos empregos de trabalho formal em abril. Com o resultado, o Estado chega ao seu quarto mês consecutivo com saldo positivo. No intervalo, Fortaleza gerou 3.503 novas vagas de emprego e figura como 1ª do Norte e Nordeste em geração de novos empregos e em estoque, somando 737.999 trabalhadores registrados com carteira assinada. A capital cearense ficou à frente de Recife (3.500), Salvador (3.250) e Manaus (3.170) na geração de empregos em abril.
“Saldo positivo de criação de empregos é motivo de alegria, mostrando que estamos no caminho certo de gerar emprego e renda”, disse o governador Elmano de Freitas (PT). Dentre as Unidades da Federação (UF) do Nordeste, o Ceará ficou atrás apenas da Bahia, com um total de 10.649 no último mês. No acumulado de 2024, o Estado gerou um total de 16.780 novos empregos. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta-feira (29).
“É o trabalho que dignifica as pessoas, que dá as condições de pagar suas contas, criar sua família com o suor do seu rosto. É nisso que acredito”, comentou o governador durante sua live semanal nesta quarta.
Os números foram gerados, principalmente, pelo setor de serviços (2.940), os setores da indústria (1.084), construção civil (953) e comércio (775). O saldo positivo é proveniente da relação entre o número de contratações com carteira assinada (50.529), que superou o de demissões (44.851) em abril. Com a nova quantia de trabalhadores por carteira assinada, o nível de ocupação formal atingiu o total de 1.370.114. Quando são considerados os salários médios de admissão para abril, o Ceará apresenta valor de R$ 1.872,95, acima da média nordestina de R$ 1.840,03.
Segundo o secretário estadual do Trabalho do Ceará, Vladyson Viana (PT), o setor de serviços registrou saldos positivos em todos os meses de 2024. “Importante destacar ainda que os próximos meses tendem a manter essa trajetória de ampliação, uma vez que o ritmo de crescimento econômico é ainda mais satisfatório no segundo semestre do ano, o que proporciona a maior geração de postos de trabalho”, analisou o titular da pasta. O presidente do Instituto de Desenvolvimento do Trabalho (IDT), Raimundo Angelo, destacou que apesar da maior parte dos novos empregos gerados tenham sido para homens (58,8%), “no acumulado do ano as mulheres ainda são maioria”, com 8.652.
“Vale destacar ainda que, em abril, as novas vagas foram ocupadas principalmente por jovens de 18 a 24 anos (4.063) com ensino médio completo (4.445)”, analisou.
FORTALEZA
Para o secretário Municipal do Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Nogueira, Fortaleza vem liderando com folga a geração de empregos no Norte e Nordeste. “Na gestão do prefeito José Sarto (de 2021 até abril de 2024) já foram criados 115.673 empregos com carteira assinada, à frente de Salvador com 99.772. De todos os empregos gerados no Estado do Ceará, cerca de 53% foram gerados na capital, mesmo representando apenas 27% da população. Se fizermos o recorte apenas de 2024, 73,4% dos empregos gerados no Estados foram em Fortaleza”, pontua.
“Recentemente temos dois Data Centers com investimentos de quase R$ 2 bi para instalação na cidade”, revela. Ainda segundo o titular da SDE, a Prefeitura investe pequenos empreendedores locais, que gera 8 em cada 10 empregos. “Temos hoje o Fortaleza Capacita, que é o maior programa de capacitação do Brasil. Temos também o Programa Nossas Guerreiras, que já concedeu crédito orientado para 12 mil mulheres da periferia da cidade”.
No saldo dos Grupamentos de Atividades Econômicas de Fortaleza foi liderado pelos serviços (2.211), seguido da Indústria (660), Construção Civil (485) e do Comércio (148). Em abril, do saldo global de empregos gerados no Ceará (5.678), Fortaleza foi o município que mais gerou empregos (saldo de empregos de 3.503) e respondeu por 61,6% destas vagas. Já no acumulado de 2024 (jan-abr), o Ceará gerou 16.780 e Fortaleza 12.330 empregos (concentrando 73,4% dos empregos gerados no Estado).
Em abril de 2024, Fortaleza (3.503) teve saldo maior de empregos que 14 Estados do Brasil: Mato Grosso (2.999), Maranhão (2.978), Mato Grosso do Sul (2.567), Rio Grande do Norte (2.691), Piauí (2.072), Sergipe (1.570), Tocantins (1.464), Acre (1.267), Amapá (902), Paraíba (739), Rondônia (724), Roraima (480), Pernambuco (-1.103) e Alagoas (-1.607).