O Ceará fechou o primeiro semestre deste ano com saldo de 31.529 novos empregos gerados, o 2⁰ melhor resultado do Nordeste, atrás somente da Bahia (54.435). O terceiro posto da região fica com Pernambuco (17.508), de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho. Somente em junho, o Estado registrou aumento de 7.620 postos de trabalho. Os setores de serviços (21,3 mil), indústria (5,5 mil) e construção civil (3,8 mil) puxaram esse crescimento.
Pelas redes sociais, o governador Elmano de Freitas celebrou os resultados. “Ótima notícia para a economia do nosso Estado”, disse. “Gerar emprego e renda aos cearenses é nossa prioridade absoluta!”, finalizou o mandatário.
Para o secretário do Trabalho, Vladyson Viana, os números representam os investimentos públicos e privados. “O Governo do Ceará tem atuado na construção de um ambiente favorável para o empreendedorismo, bem como mantido o nível de investimentos. Dessa forma, o setor produtivo tem se sentido seguro para ampliar ou trazer seus investimentos. Acreditamos que 2024 será um dos melhores anos na geração de postos de trabalho do Ceará”.
BRASIL
Em todo o País, de janeiro a junho, o saldo foi de 1.300.044 empregos. Já nos últimos 12 meses (julho/2023 a junho/2024), foi registrado saldo de 1.727.733 empregos.
O saldo de junho deste ano foi de 201.705 empregos com carteira assinada, número 29,5% maior que no mesmo mês do ano passado. O resultado decorreu de 2.071.649 admissões e de 1.869.944 desligamentos. Os cinco grandes grupamentos de atividades registraram saldos positivos em junho. O setor de serviços gerou 87.708, o de comércio 33.412 postos, a indústria 32.023 postos, a agropecuária 27.129 postos e o setor de construção gerou 21.449 postos. O destaque para o crescimento foi no setor de indústria, que registrou aumento de 165% em relação a junho do ano passado.O salário médio real de admissão em junho ficou em R$ 2.132,82, com queda de R$ 5,15 (-0,2%) em comparação com o valor de maio. Já em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o ganho real foi R$ 43,28 (+2,1%).
JUROS
Conforme o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, há uma necessidade de retomar o processo de redução de juros no País. “Não há razão para não retomar de novo a redução dos juros. Esperamos que os colegas do Banco Central tenham um olhar para o que está acontecendo na economia, no mercado de trabalho, na indústria, no mundo real e possam retomar a redução de juros, porque isso ajuda bastante tanto o crédito quanto o investimento. E o investimento pressupõe gerar empregos”, disse, durante a apresentação dos resultados.
O Comitê de Política Monetária (Copom) resolveu, na reunião de junho, interromper o ciclo de corte de juros iniciado há quase um ano, mantendo a taxa Selic em 10,5% ao ano. Marinho espera que o saldo de empregos no acumulado de 2024 chegue a 2 milhões.